Nos assentos paroquiais
Para localizar as sepulturas, os registos de óbito, ao menos em certos períodos, fornecem diversas
informações sobre a Igreja Paroquial. Mas isso desapareceu quando se dividiu o interior em sepulturas numeradas e a localização passou a ser feita
pelos seus números.
As capelas laterais (a da Jesus Cristo
Crucificado, a norte, e a de Santo Antão, a sul), o coro, a pia baptismal, as
portas travessas, a capela-mor (no interior), as cruzes da via-sacra, certa
“pedra que serve de sepultura” (no exterior) são recorrentes. A localização
também se fazia por referência a divisões da casa da residência (que ficava
junto ao adro, do lado sudeste), como a cozinha e a sala.
O que nunca ocorreu neles foi a mesa do
acordo, onde os homens da fala decidiam (sobre os homens de fala e vários outros temas curiosos, procure aqui). No Tombo da Comenda, são mencionadas
oliveiras no adro, certamente destinadas a fornecer azeite para a lamparina do
Santíssimo. No assento seguinte, menciona-se a
Capela de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado:
Aos dez dias do mês de Abril do ano de mil setecentos e quarenta e dois, faleceu Francisca, solteira, de Vila Pouca, com todos os sacramentos, abintestada (sem testamento). Foi sepultada no adro, da parte do norte, defronte da Capela de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado.
E por assim ser verdade, fiz este assento, que assinei. Era ut supra.
O Reitor António da Silva e Sousa.Interessante a invocação desta capela, que parece antecipar a da Santa Cruz, como esta antecipa a Beata Alexandrina.
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