quinta-feira, 30 de junho de 2011

Escudetes de fechadura em Balasar


Os escudetes de fechadura são umas ferragens que a partir de meados do séc. XIX parece que foram muito comuns nos portais das casas de lavoura, nomeadamente em Balasar. Se os procurarmos e observarmos com atenção, descobrimos alguns pormenores curiosos. Os mais antigos, anteriores à República, geralmente em mau estado, são artisticamente muito mais interessantes. Os que vêm depois obedecem a um geometrismo já muito menos criativo.
No primeiro grupo estão lá sempre a cruz e o coração, além de outros motivos ornamentais.


Já uma vez colocámos aqui uma das peças da casa de Greufes, onde a Alexandrina nasceu.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

João Machado Ferreira, devoto de Nossa Senhora das Neves


Não é fácil encontrar informação sobre a Capela de Nossa Senhora das Neves de que já aqui falámos. Ela, por exemplo, não tinha confraria. Mas há um dado novo que conseguimos apurar e de que por isso vamos aqui dar conta.

Ilustração 1 Ex-voto da baqua.

Na capela há um ex-voto que fala duma baqua que tinha morrido e que deve ter regressado à vida por intercessão de Nossa Senhora das Neves. O beneficiado do milagre, o dono da vaca, chamava-se João Machado Ferreira e era da Quinta de Cavaleiros. Pelos vistos era administrador dessa quinta.
Uma neta de João Machado Ferreira foi baptizada como Maria das Neves, em honra de Nossa Senhora desta invocação. Veja-se:


Maria das Neves, filha legítima de Manuel José Cabral e de sua mulher, Maria Josefa Joaquina, assistentes na Quinta de Cavaleiros, desta freguesia, neta pela parte paterna do capitão António da Silva Cabral e de sua mulher Ana Maria de Jesus, moradores na cidade do Porto, ao padrão de Belmonte, da freguesia da Vitória, e pala materna de João Machado Ferreira e de sua mulher, Rosa Maria da Silva, assistentes na mesma Quinta de Cavaleiros e moradores na mesma cidade do Porto, na freguesia de S. Nicolau, nasceu aos 11 dias do mês de Outubro de 1753 anos e foi baptizada solenemente por mim abaixo-assinado aos 17 dias do dito mês e ano. Foram seus padrinhos o sobredito João Machado Ferreira e Nossa Senhora das Neves, sendo tocada com a sua coroa. Foram testemunhas o Rev. D. Rodrigo de S. João, vigário de Parada, e seu paroquiano, Rev. P.e Manuel António Lopes, e muitos mais eclesiásticos que presentes estavam. E por ser verdade fiz o presente assento, dia mês e ano ut supra.

De notar que o documento tem a assinatura de João Machado Ferreira e que o baptizado é contemporâneo de D. Benta e seu marido.

Ilustração 2 Assento de baptismo de Maria das Neves.

sábado, 25 de junho de 2011

Capela de Nossa Senhora das Neves

Nos limites de Bagunte com Balasar há, num lugar ermo, uma antiga capela dedicada a Nossa Senhora das Neves. Nós reunimos variada informação sobre ela e criámos uma página onde a colocámos. Veja-se aqui.
A Beata Alexandrina deve ter visitado alguma vez a capela. Quem a visitou, lá pregou e sobre ela escreveu foi o P.e Leopoldino.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

S. EDMUNDO GENNINGS – LANÇAMENTO DUM NOVO DVD DAS MARY’S DOWRY PRODUCTIONS

Era ilegal para ele ser padre na Inglaterra, mas ele foi ousado em face das ameaças e voltou à Grã-Bretanha à paisana. Depois duma dramática missão na Inglaterra isabelina, foi finalmente preso. Mas o governo não foi capaz de lhe quebrar a detrminação. Tinha 24 anos quando foi conduzido à forca e toda a sua vida passou diante de seus olhos.
Descubra S. Edmundo Gennings.

Este novo DVD tem a duração de 30 minutos e está disponível mundialmente em todos os formatos e pode ser adquirido on-line ou por telefone ou através do correio.

"Inspirador, atraente, bem feito e inteiramente católico. Esta é uma história como ela deve ser apresentada e um filme como ele deve ser vistpo. Mais por favor". Michael Coren

Visite hoje o nosso novo site e o nosso novo blogue.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Há 179 anos: no dia do Corpo de Deus, a cruz na terra que anunciava a Alexandrina como vítima da Eucaristia



Dou parte a Vossa Excelência de um caso raro acontecido nesta freguesia de Santa Eulália de Balasar.
No dia de Corpo de Deus próximo pretérito, indo o povo da missa de manhã em um caminho que passa no monte Calvário, divisaram uma cruz descrita na terra: a terra que demonstrava esta cruz era de cor mais branca que a outra: e parecia que, tendo caído orvalho em toda a mais terra, naquele sítio que de­monstrava a forma da cruz não tinha caído orvalho algum.
Do relatório do pároco sobre a aparição da Santa Cruz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quantos padres havia na Póvoa?


A Beata Alexandrina fala do seu respeito pelos sacerdotes, ao tempo em que estava no Póvoa. Tempo que era de perseguição à Igreja, não esqueçamos. Conta ela:

Ainda na Póvoa de Varzim, lembro-me que tinha muito respeito pelos sacerdotes. Quando estava sentada à porta da rua, só ou com a minha irmã e primas, levantava-me sempre à sua passagem, e eles correspondiam tirando o chapéu, se era de longe, ou dando-me a bênção se passavam junto de mim. Observei algumas vezes que várias pessoas reparavam nisto e eu gostava e até chegava a sentar-me propositadamente para ter ocasião de me levantar no momento em que passavam por mim, só para ter o gosto de mostrar a minha dedicação e respeito pelos ministros do Senhor.
Quantos padres havia na pequena Póvoa do tempo, que ainda era e continuaria a ser vila?
Em rigor não sabemos, mas sabemos quantos existiam alguns anos antes, em 1905. A variação em relação a 1911 devia ser mínima.
Em 1905, havia na pequena Póvoa 15 padres, tantos como devem existir hoje em todo o concelho. Temos até os nomes deles:
P.e Manuel Gonçalves Martins da Silva (Prior, pároco), Dr. Nicolau Rijo Micaleff Pace, Dr. Bento Sanetini Teixeira Guimarães, P.e Carlos Gouveia, P.e João de Almeida Nazaré (cremos que estes dois últimos eram jesuítas), P.e Joaquim José Moreira, P.e José Almeida da Costa Amorim, P.e José Martins Gonçalves da Silva, P.e Afonso dos Santos Soares, P.e Alexandrino António de Almeida Rainha, P.e Leopoldino Rodrigues Mateus, P.e Manuel da Silva Ferreira, P.e José da Costa Lino, P.e José Gonçalves Cascão de Araújo e P.e António Domingues Ferreira.
Havia padres na política, no ensino, no jornalismo, etc.
No resto do concelho, havia mais 26.
Em Balasar, além do pároco, o P.e Manuel Fernandes da Silva Campos, havia um de que nunca tínhamos ouvido falar, o Dr. Baltazar João Furtado.

Na imagem: o Abade de Nabais, P.e Manuel Ribeiro de Castro, uma notabilidade política do tempo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

És a minha Alexandrina transformada em Cristo, só em Cristo


O trecho dos Sentimentios da Alma que se segue é belíssimo. Naturalmente, deve ser entendido com as reservas próprias das comunicações místicas.

— Minha filha, não vives a vida do mundo, desprendeste-te de tudo o que é dele. Vives no Céu, vives do que é divino. Os teus caminhos são caminhos de Cristo; é por isto que não és compreendida. Olha, meu anjo, é sublime a tua missão: é a mais rica das missões. Eis a razão por que és odiada e perseguida; odiada por Satanás, pelas almas que lhe roubas. Perseguida pelo mundo, porque não compreende a vida que vives, o que é a minha vida nas almas. Não temas, filhinha, não te é roubado o tesouro imenso que com minha Mãe te entreguei. É só para teu maior martírio, proveito para as almas e grande glória para Mim. Fechei-o com Minha bendita Mãe com chaves de oiro; selámos-te o coração com selos divinos. Que dor para o Meu divino Coração ao ver a tua dor!
É preciso estudar, aprofundar, para compreender a vida de Cristo nas almas.
Quando te criei, criei-te com tal perfeição, perfeição que só podia purificar e desempenhar a missão que há de mais sublime. Assim como já destinei as almas que te haviam de guiar, almas que compreendem, almas que só vivem a minha vida, a vida íntima comigo. Os que cuidam de ti cuidam de Mim.
Era Meu desejo que todos os meus discípulos estudassem estas ciências divinas. Não as estudam, não as compreendem. Dou-lhes as luzes precisas; tentam apagá-las. Em vão: nada conseguem.
Em todos os tempos necessitei de vítimas, agora mais do que nunca necessito delas. Já te destinei, minha redentora, para nesta época vires ser imolada, época em que a humanidade se mergulhou num mar imenso e lodaçal de vícios. É o que sentes a roubar o mundo. É o vício que pode mais que o homem; é o vício ladrão de tudo o que é meu.
Ó pastorinha divina, rainha do mundo, sou Eu, Jesus, que te elejo, que te elevo às alturas. Guarda, salva o que te entreguei. Apascenta o rebanho no prado da pureza, no prado da caridade, da humildade e sobretudo no do amor. Quem ama, e ama deveras, não ofende o seu Amado.
Ó lírio perfumado, açucena pura, irradia o mundo com os teus aromas, com as tuas virtudes que são aromas celestes, aromas que atraem a ti o rebanho que te confiei e que por ti vem a Mim e por ti sobe ao Céu.
Coragem! Nada temas. A glória é Minha, o triunfo é Meu. Em todo o tempo, foi a minha Igreja perseguida, como não há-de ser agora aquilo que a ela pertence, o que há de mais rico e de maior nobreza?
Nunca assim imolei nem imolarei outra vítima; nunca recebi de nenhuma tantas almas nem volto a receber. És mãe, mãe dos pecadores, rainha deles.
Depois de Mim e minha bendita Mãe, não há como tu quem tenha sobre eles tanto poder. Coragem, minha estrela cintilante, farol de toda a humanidade!
Tudo ouvi de Jesus sem dizer palavra. Ele a falar e eu a arder em fogo, fogo consolador, fogo que me prendia mais ao Seu divino Coração. Ao mesmo tempo, recebi um conforto que me levantava as forças que tanto precisava para aguentar com a minha cruz.
Ó meu Jesus, o que hei-de eu dizer-Vos? Quanto mais falais, mais se apodera de mim a minha pequenez. Humilho-me, humilho-me, Jesus, tenho vergonha da minha miséria, tenho vergonha de Vos utilizardes de mim para tão altos fins. Trabalhai Vós, falai Vós, tudo Vos pertence e falai das Vossas grandezas.
— Ó violeta querida, puro asilo onde habito; habito em ti na terra, como no Céu habitarás com meu Eterno Pai. És a minha Alexandrina transformada em Cristo, só em Cristo.
— Obrigada, meu Jesus, meu Rei de Amor!

Sentimentos da Alma, 22/12/44

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu Vos saúdo, ó Maria!...


Tudo o que ajude a conhecer melhor o contexto que envolveu a Beata Alexandrina há-de ser bem-vindo para a entendermos melhor. O louvor a Nossa Senhora que se segue, escreveu-o o P.e Leopoldino em 1905, quando ainda era um jovem sacerdote de 26 anos. Mas já era o mesmo que, quando pároco de Balasar, haveria de repetida e variadamente abordar o tema mariano.
.
… para que peguei eu na pena?
Para traçar um elogio sincero e firme a Maria Imaculada? Mas será possível elogiar-se satisfatoriamente aquela que foi mais favorecida que Sara, mais prudente que Rebeca, mais fecunda que Lia, mais bela que Raquel, mais inspirada que Débora, mais corajosa que Judite, mais poderosa que Ester, mais admirável na sua força que a mãe dos Macabeus?
Terá a linguagem humana palavras com que possa explicar a fecundidade e valor de um coração que reúne em si a paciência de Abel, a justiça de Henoc, a prudência de Noé, a fé de Abraão, a obediência de Isaac, a constância de Jacob, a generosidade de José, a piedade de David, a sabedoria de Salomão?
Poderei eu louvar dignamente a que foi Imaculada na sua Conceição e de quem S. João Crisóstomo diz “Deus pode criar outros mundos mais belos, outros sois mais esplêndidos, mas uma dignidade maior do que a que infundiu na sua Mãe”, ao que acrescenta Alberto Magno “o Filho torna ilimitada a bondade da Mãe”?
E a propósito pergunta um erudito autor: “Procuras talvez conhecer a Mãe? Conhece primeiro o Filho. No meio dos homens não há filho igual, e entre as mulheres não há mãe semelhante”.
Ele fez a sua Mãe, o que nenhum outro fez; Ela foi Imaculada na sua Conceição e deu à luz um filho e permaneceu Virgem, o que a outra mulher não aconteceu!
“Nada te é igual e comparável, Ó Maria – exclama cheio de entusiasmo S. Anselmo; tudo o que existe ou está acima de ti ou abaixo de ti. O que está acima de ti é só Deus; abaixo de ti está o que não é Deus.
Quem pode conceber a tua excelência? Quem poderá atingi-la? Quem louvá-la dignamente?”
Perante um testemunho tão verídico como autorizado, só me resta, confundido e perplexo, deixando a pena, curvar os joelhos, baixar os olhos e, à semelhança de Gabriel em Nazaré, exclamar em tom humilde e mavioso: Eu Vos saúdo, ó Maria!...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O TUDO DESCEU AO NADA


(Acção de graças da Alexandrina após a Comunhão)

O Tudo desceu ao nada; a Grandeza desceu à pobreza.
O Amor desceu à frieza, à tibieza, à miséria, à indignidade.
Que grande amor é Jesus!
Desceste do mais alto ao mais baixo.

Jesus, dai-me fogo, dai-me amor; amor que me queime, amor que me mate.
Eu quero viver e morrer de amor.

Jesus, seja o Vosso divino amor a minha vida. Seja ele e só ele a minha morte.
Jesus, eu quero amar-Vos: amar-vos até à loucura, amar-Vos até morrer de amor.

Jesus, quero ser a predilecta, a loucura do vosso amor... perder-me na imensidade do vosso amor.

Jesus, eu me consagro toda e para sempre a Vós: consagrai-me Vós toda e para sempre à querida Mãezinha.
Amai-A por mim, falai-Lhe de mim. Dizei-Lhe tudo, mas tudo por mim...

Mãezinha, vinde, vinde já: dai graças a Jesus por mim.
Dizei-Lhe tudo, mas tudo por mim...

Ó Mãezinha, eu me consagro toda e para sempre a Vós...
Consagrai-me toda e para sempre a Jesus...
Dizei-Lhe que eu o amo... Dizei-Lhe que sou dele.
Dizei-Lhe que quero só nele pensar, que só dele quero falar, que só para Ele quero viver. Dizei-Lhe que o ajudais à crucifixão, para que nada fique no meu corpo e na minha alma para crucificar.
Mãezinha, agradecei a Jesus por mim todos os benefícios que tenha recebido até este momento e pelos que confio que hei-de receber.
Agradecei-Lhe todas as tribulações e angústias… alegrias e tristezas, lágrimas e sorrisos, tudo o que me alegra e faz sofrer.
Dizei-Lhe que tudo recebo como bem-vindo das suas divinas mãos, como prova do seu maior amor comigo.
Dai-Lhe um grande obrigada, um contínuo obrigada, um eterno obrigada!
Ó Mãezinha, agradecei-Lhe tudo quanto tenha recebido e hei-de receber no tempo e depois na eternidade.
O Céu, o Céu, Mãezinha, que grande amor!
Oh, quanto devo a Jesus!
Pensamentos Soltos

terça-feira, 14 de junho de 2011

Balasar - os noticiários do P.e Leopoldino (actualização)

Já aqui falámos dos noticiários que o P.e Leopoldino enviava para a imprensa poveira, mas pretendemos actualizar a informação que então apresentámos.
Calculamos que eles possam ser lá para 180, tendo nós, neste momento, connosco 153. São uma fonte de informação muito interessante e que em muito contribui para conhecer o meio em que viveu a Beata.
Saíram n'A Propaganda, no Idea Nova, n'A Voz da Póvoa, n'O Comércio da Póvoa de Varzim e no Ala Arriba.
Cremos que o nome dela lá aparece pela primeira vez em 15 de Dezembro de 1938. Dedicou-lhe então o P.e Leopoldino este parágrafo, datado do dia 10:


A auto-maca dos Bombeiros, dessa vila (a Póvoa de Varzim), conduziu desta freguesia ao Porto, onde foi radiografada e se encontra em tratamento, a doente Alexandrina Maria da Costa (Vicente), do lugar do Calvário, que entrevou há 14 anos. Acompanhou-a o seu médico assistente, Sr. Dr. João Alves Ferreira, de Macieira de Rates.
A Alexandrina conta na Autobiografia, com algum pormenor, esta penosa viagem ao Porto.
Como é sabido, o P.e Mariano Pinho, que então ainda dirigia a Alexandrina, considerava que se não devia dar publicidade às suas vivências místicas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tantos erros históricos juntos!



No Idea Nova de 17/3/1937, saiu um artigozito sob o título de “Balasar” que nos dá uma informação curiosa, mas que contém uma data de erros históricos. Veja-se.

Tem sido por vezes objecto de animada discussão a mudança de nome da freguesia de Balasar deste concelho, para Fontainhas, o seu lugar mais importante, pelo seu comércio, indústria e população da mesma freguesia. Não estranhamos esta discussão em volta da nova denominação escolhida, espontâ­nea e livremente, pela Junta, de­pois de ouvir a opinião do povo de quem é representante, junto dos poderes públicos, porque já se deu o mesmo caso noutros tempos, segundo rezam as crónicas.
Antigamente, esta freguesa era constituída por duas: S.to Adrião de Gresufes, com a igreja paro­quial no lugar de Além, e Santa Eulália do Casal, com a Igreja pa­roquial no lugar do mesmo nome. Como ambas fossem pequenas e de diminuto rendimento para os respectivos párocos, combinarem os habitantes de uma e outra unir-se, formando uma freguesia boa e rendosa, construindo uma nova Igreja, em local mais central, sendo escolhido o terreno do actual cemitério.
Que Padroeira deveria ficar pa­ra a nova paróquia? Como a vi­zinha freguesia de Macieira de Rates tem por Padroeiro Santo Adrião, ficou combinado ser San­ta Eulália de Mérida, que ainda é hoje.
Como se havia de chamar a nova freguesia? Aqui divergiam as opiniões, porque cada povo de­fendia o nome da sua paróquia, até que resolveram dar-lhe o nome de Balasar, nome que foram bus­car a um lugar onde só há prédios rústicos e que fica entre os lugares do Martinho e Vila Pouca, no ca­minho de Gondifelos. Daí Vem a denominação desta freguesia ser posterior à da sua congénere do concelho de Guimarães.
Convidado o povo da freguesia a escolher nova denominação para a sua terra, em obediência a de­terminações do novo Código Administrativo, mui livremente foi es­colhido o nome de Fontainhas, por ser o local mais conhecido e im­portante da sua freguesia.
É verdade que a freguesia de Rates tem ali três casas; mas o resto, incluindo a estação do caminho-de-ferro, é de Balasar. Como Fontainhas já não é antiga sede de malfeitores e salteadores de prédios e de estradas, mas um local de gente honesta, trabalhadora e incansável no progresso da sua ter­ra, é por isso digna de lhe ser pres­tada esta homenagem.
Por estes motivos, entendemos que, assim como os antigos foram buscar a nova denominação ao pe­queno lugar de Balasar, assim os actuais paroquianos escolheram o nome do local mais progressivo para a denominação da sua fre­guesia. Honra lhes seja. H

O padroeiro de Gresufes não era S. Adrião, mas S. Salvador.
Não foram os habitantes que decidiram a fusão das freguesias, mas o Arcebispo que assim o dispôs.
A igreja do Matinho só foi construída mais de 100 anos após a primeira fusão (que foi uma anexação, de Gresufes a Balasar).
Embora a igreja de Balasar ficasse no Casal, a freguesia não se chamava do Casal mas de Balasar; a sua padroeira era Santa Eulália.
O nome de Balasar da Póvoa de Varzim é tão antigo como o da freguesia homónima de Guimarães.
Teria sido uma pena se a mudança do nome da freguesia tivesse ido avante.
Onde se escreve Martinho deveria escrever-se certamente Matinho.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Figuras relevantes em Balasar


A visita a Balasar dos fundadores da Comunidade dos Servos de Maria do Coração de Jesus leva-nos a recordar que já lá vimos outros fundadores como o P.e Rodrigo Maria, da Arca de Maria, a Madre Adela Galindo, dos Corazones Trespasados de Jesús y de María, e o P.e Roberto Letieri. Da Alexandrina Society, se não vimos o fundador, vimos pelo menos uma activíssima filiada, a Josie McEvoy, e vários membros.
Naturalmente houve muitas outras figuras relevantes que visitaram Balasar.
Uma vez vimos lá uma senhora já entrada nos anos – 75 talvez – que dirigia uma casa no Porto, presumimos que fundada por ela, onde recolhia pessoas em muitas dificuldades. A casa tinha na designação o nome de Nossa Senhora. Leiam-se estas palavras que lhe ouvimos:
- Eu não tenho medo nenhum. Um dia tinha uma conta significativa para pagar e não tinha dinheiro. Mas como Nossa Senhora é que é a dona da casa, Ela é que tinha que a pagar. Então fui para a capela rezar. Daí por um bocado bateram à porta e traziam o dinheiro que era preciso.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Comunidade Servos de Maria do Coração de Jesus


Fomos hoje a Balasar um pouco por acaso e encontrámos lá o casal brasileiro fundador da Comunidade Servos de Maria do Coração de Jesus. A comunidade está já em seis países, além do Brasil. Veja-se a fotografia, onde, além do casal, está o P.e Lourenço, que apoia a comunidade, e o autor desta página.
Disseram-nos que as Irmãs da Toca de Assim, que agora são apenas três, se vão embora no próximo dia 25, mas na esperança de um dia regressarem.
No livro das visitas, vimos a assinatura de umas duas dezenas de ingleses e americanos. Os nomes da lista acima são do Ushaw College.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um e-mail das Mary's Dowry Productions

Recebemos ontem um e-mail das Mary's Dowry Productions onde se anuncia um DVD sobre o Beato Francisco de Fátima, intitulado mesmo assim:  ‘Blessed Francisco of Fatima’. Enviamos o leitor que saiba ao menos um pouco de inglês para a página de notícias nesta língua.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coro Regional do Norte


Há dias referimo-nos ao Coro Regional do Norte, criado nas Fontainhas pelo Dr. Josué Trocado (avô de Freitas do Amaral, recordamos). Colocamos hoje aqui uma bela fotografia deste coro. Ao centro, vê-se o maestro (clique para ampliar).
Um dia que se pretenda fazer uma nova imagem da Beata Alexandrina, poder-se-iam encontrar na presente fotografia algumas sugestões: as coristas são todas pessoas do mundo rural como a Alexandrina.