sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu Vos saúdo, ó Maria!...


Tudo o que ajude a conhecer melhor o contexto que envolveu a Beata Alexandrina há-de ser bem-vindo para a entendermos melhor. O louvor a Nossa Senhora que se segue, escreveu-o o P.e Leopoldino em 1905, quando ainda era um jovem sacerdote de 26 anos. Mas já era o mesmo que, quando pároco de Balasar, haveria de repetida e variadamente abordar o tema mariano.
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… para que peguei eu na pena?
Para traçar um elogio sincero e firme a Maria Imaculada? Mas será possível elogiar-se satisfatoriamente aquela que foi mais favorecida que Sara, mais prudente que Rebeca, mais fecunda que Lia, mais bela que Raquel, mais inspirada que Débora, mais corajosa que Judite, mais poderosa que Ester, mais admirável na sua força que a mãe dos Macabeus?
Terá a linguagem humana palavras com que possa explicar a fecundidade e valor de um coração que reúne em si a paciência de Abel, a justiça de Henoc, a prudência de Noé, a fé de Abraão, a obediência de Isaac, a constância de Jacob, a generosidade de José, a piedade de David, a sabedoria de Salomão?
Poderei eu louvar dignamente a que foi Imaculada na sua Conceição e de quem S. João Crisóstomo diz “Deus pode criar outros mundos mais belos, outros sois mais esplêndidos, mas uma dignidade maior do que a que infundiu na sua Mãe”, ao que acrescenta Alberto Magno “o Filho torna ilimitada a bondade da Mãe”?
E a propósito pergunta um erudito autor: “Procuras talvez conhecer a Mãe? Conhece primeiro o Filho. No meio dos homens não há filho igual, e entre as mulheres não há mãe semelhante”.
Ele fez a sua Mãe, o que nenhum outro fez; Ela foi Imaculada na sua Conceição e deu à luz um filho e permaneceu Virgem, o que a outra mulher não aconteceu!
“Nada te é igual e comparável, Ó Maria – exclama cheio de entusiasmo S. Anselmo; tudo o que existe ou está acima de ti ou abaixo de ti. O que está acima de ti é só Deus; abaixo de ti está o que não é Deus.
Quem pode conceber a tua excelência? Quem poderá atingi-la? Quem louvá-la dignamente?”
Perante um testemunho tão verídico como autorizado, só me resta, confundido e perplexo, deixando a pena, curvar os joelhos, baixar os olhos e, à semelhança de Gabriel em Nazaré, exclamar em tom humilde e mavioso: Eu Vos saúdo, ó Maria!...

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