terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Duas notícias de Balasar

No dia 23, Balasar homenageou Lino Araújo, o presidente da Junta de Freguesia que faleceu há um ano e que foi sempre muito estimado pelos balasarenses. Puseram-lhe um busto de bronze frente à sede da junta.
No dia 18, foi apresentada ao público uma nova edição do romance de Gomes de Amorim As Duas Fiandeiras. Vários capítulos da narrativa contam a romaria da Santa Cruz de Balasar do ano de 1845. É um documento importante.
As Duas Fiandeiras são a história de duas jovens poveiras, mas, de acordo com o subtítulo “romance de costumes populares”, fornecem muita informação sobre usos e costumes minhotos do tempo. Na romaria de Balasar sobressaem o vastíssimo arraial da romaria, o namoro rimado (os jovens namoravam em verso) e o final da festa em pancadaria.
Gomes de Amorim figura nas duas versões da Enciclopédia Católica (inglesa e espanhola).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Glória a Deus nas alturas! Paz na terra aos homens de boa vontade!

S. Lucas tem no Novo Testamento um lugar bem especial. Autor do terceiro evangelho, redigiu também os Actos dos Apóstolos. E nisso foi único. Ora este segundo livro, que nos mostra a igreja nascente a dar os primeiros passos sob a condução do Espírito Santo, é da maior importância. É por exemplo ele que nos deixa entrever o contexto das comunidades a quem S. Paulo e outros dirigem as suas cartas ou até um pouco ainda do contexto em que surgiu o Apocalipse.
Segundo S. Lucas, no momento do nascimento de Jesus, em Belém, os anjos cantam: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!” Mas isso passa-se num ambiente social preciso, pastoril, onde há um presépio, que é uma manjedoura. Ora os pastores eram gente pouco regular nos actos religiosos das sinagogas e por isso gente malvista. Mas como poderiam ser regulares a esses actos se eles vagueavam pelas terras áridas da Judeia à procura de pastos? Contudo a palavra dos anjos valoriza a boa vontade deles.
Cada evangelista tem traços próprios e uma perspectiva teológica sua. Coisa semelhante acontece, por exemplo, com os papas, com os bispos, com os párocos, etc. Vamos tentar penetrar um pouquinho na de S. Lucas.
Se o presépio nos fala da vinda do Salvador, a cruz fala-nos da conclusão, do remate da sua obra. E como vemos Jesus nesse momento?
Entre dois ladrões ou malfeitores, condenados pela justiça humana.
Apetece dizer: Glória a Deus que se digna estar ao lado dos pecadores! Desde o princípio ao fim da sua passagem entre os homens. Ele não veio para os condenar, mas para os salvar.
Entendo que o caso dito do bom ladrão – como é possível haver um bom ladrão? – é de molde a causar-nos verdadeiro escândalo. A justiça humana condenou-o à morte e umas poucas palavras suas, de boa vontade, patenteiam-lhe as portas do Paraíso. Sem Purgatório.
Então o homem não tinha de compensar as vítimas dos seus roubos, das suas violências?
Que bondade esta injustiça – certamente aparente injustiça – de Deus!
Fica-se com a ideia de que o próprio Deus assume o encargo de reparar os lesados. Mas o ladrão é que vai, “hoje mesmo”, para o Paraíso.
S. Lucas é o evangelista da parábola do Filho Pródigo. E nela há uma situação identicamente escandalosa. O outro filho amuou, e nós, na nossa justiça humana, tendemos a dar-lhe razão. Então ao mal comportado, que malbaratou os haveres “com mulheres de má vida”, passeatas e comezainas, faz-lhe uma grande festa de recepção e para o irmão ordeiro, dedicado, não há nada?
Nos escritos da Beata Alexandrina, Jesus chega a dizer-lhe coisa parecida com isto: Eu tenho vontade de ir de joelhos junto de cada homem e pedir-lhe que Me ame! A Alexandrina também reage e acha exagero. Mas é mais ou menos o que está no Evangelho. Jesus veio à procura do homem e, se ele tem um gesto de aceitação, se ele dá um passo na direcção certa, Jesus quer-lhe dar tudo.
Glória a Deus nas alturas!
Paz na terra aos homens de boa vontade!
Às vezes diz-se que todos os dias do ano deviam ser Natal. Eu entendo que não: há um dia para o Natal, outro para a Páscoa, outro para o Pentecostes, etc. Dizer que todos os dias deviam ser Natal pode significar o esvaziamento do carácter histórico da encarnação da Palavra, do Verbo de Deus. Aproveitar uma data do ano para falar de fraternidade, de amor, num jeito pouco comprometedor, mas sem Jesus, pouco tem de Natal.
No Credo há uma expressão que diz assim: “E padeceu sob Pôncio Pilatos”. A alguém pode parecer que o nome de Pilatos recebe ali uma consagração indevida. Não seria melhor esquecê-lo, um traste fraco como ele foi?
Não: o que esta frase afirma é o carácter histórico da morte e consequentemente da vida de Jesus. Jesus não é uma entidade mítica, duma era brumosa, à margem da aventura concreta do homem. Não, Ele partilhou connosco o nosso tempo, as nossas tentações, as nossas dificuldades de fome, de frio, o nosso sofrimento. E veio dar-lhes um sentido que nós não poderíamos suspeitar.
Paz na terra aos homens de boa vontade! Glória a Deus nas alturas!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um surpreendente colóquio de Jesus com a Beata Alexandrina


— Vem, minha filha, louca de dor e amor, ao meu encontro. É dor que salva as almas, é loucura de amor por mim.
Se o mundo conhecesse esta vida de amor, esta união conjugal de Jesus com a alma virgem, com a alma que escolhe para sua esposa! Mas não conhece e porque não conhece, calunia-a, despreza-a, persegue-a.
Ó minha pomba bela, tu és esposa e és mãe, mãe que não deixa de ser virgem; és mãe dos pecadores: são filhos da tua dor, filhos do teu sangue que vais perdendo gota a gota, filhos do teu amor.
Minha filha, lá do Céu muitas vezes ouvirás da terra muitos pecadores chamarem-te, aclamarem-te pelo doce nome de mãe. Aclamar-te-ão aqueles que se virem livres das garras do demónio e conhecerem que foram livres por ti, aproximando-se assim do meu divino Coração.
Grande amor, ditosa dor que te levou a mereceres de Jesus tão honrosos e elevados títulos!
— Meu Jesus, meu Jesus, que envergonhada e confundida estou! Se eu pudesse ocultar tudo isto! Se fosse só para Vós e para mim! Confunde-me ouvir isto e ver a minha miséria!
— Já sabes que necessito da tua miséria para esconder em ti as minhas grandezas e omnipotência.
Escreve tudo, escreve, minha filha. Se o que te digo ficasse oculto, de nada valia ao mundo.
Mãe dos pecadores, nova redentora, salva-os, salva-os! És a nova redentora escolhida por Cristo.
Nunca houve nem voltará a haver no mundo sofrimento que se igual ao teu. Nunca houve nem voltará a haver vítima desta forma imolada, porque nunca houve tanta necessidade como hoje, nunca o mundo pecou assim.
Dezanove séculos são passados que Eu vim ao mundo e trouxe agora a nova redentora escolhida por mim para relembrar ao mundo o que Cristo sofreu, o que é a dor, o que é o amor e loucura pelas almas.
És a nova redentora que vens salvá-los, és a nova redentora que incendeias na humanidade o amor de Jesus. Nova redentora que serás falada enquanto o mundo for mundo.
Minha filha, livro onde estão escritas com dor e sangue, letras de oiro e pedras preciosas todas, todas as ciências divinas! Coragem, amada, não temas as tempestades, não temas o estrondo do trovão que traz consigo nuvem que orvalha graças, amor e maná celeste.
Enche-te, minha filha; é de amor e maná que vives. Enche-te para dares às almas.
— Obrigada, meu Jesus !

Sentimentos da Alma 1-12-1944 (sexta-feira)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Obras dos Signoriles sobre a Beata Alexandrina


Os Signoriles foram um casal italiano de professores de Matemática e Física do Liceu de Beccaria, Milão, que se especializou na Beata Alexandrina. Colaboraram já com o P.e Humberto Pasquale ao tempo do Processo Informativo Diocesano, que decorreu em Braga entre 1967 e 1973, traduzindo os cinco grossos volumes dos Sentimentos da Alma.
O professor Chiaffredo, nascido a 9 de Outubro de 1913, em Stroppo, província de Cuneo, faleceu entretanto, em 13 de Outubro de 1999. Mas a sua esposa, a Prof.ª Eugénia Signorile, nascida a 9 de Setembro de 1914, em Milão, continua a publicar livros sobre o tema.
Nenhum deles conheceu a Alexandrina.

Obras publicadas com autoria atribuída à Alexandrina:
Figlia del dolore, madre di amore. Quasi una autobiografia, Mimep-Docete, Pessano (MI), 1993 (768 páginas).
Mio Signore, mio Dio! Come pregava Alexandrina, Mimep-Docete, Milão, 1992 (foi publicada tradução portuguesa com o título de Vida Interior da Beata Alexandrina, Apostolado da Oração, Braga, 2004, com autoria atribuída a Eugénia e Chiaffredo Signorile).
Maria, Madre mia. Come Alexandrina sente la Madonna, Mimep-Docete, Pessano (MI), 1987.
Anima pura, cuore di fuoco, Mimep-Docete, Pessano (MI), 1990 (amplamente ilustrado; está traduzido para português e inglês).
Venite a me (richiami di Gesù), Mimep-Docete, Pessano (MI), 1991.
Soferenza amata, Mimep-Docete, Pessano (MI), 1999.
Ho sete di voi, Mimep-Docete, Pessano (MI), 2004.
Solo per Amore!, Mimep-Docete, Pessano (MI), 2006 (este livro, concebido como autobiografia, está já traduzido para português, francês e inglês e foi recentemente editado em francês pela Alex-Diffusion; é do melhor que se escreveu sobre o tema).
Zampilli Incandescenti, Mimep-Docete, Milão, 2007.
Quei due Cuori, Gamba Edizioni, 2010.
Il Sorriso nella Croce, Gamba Edizioni, 2010.

Obras publicadas com autoria atribuída a C.E. Signorile:
Croce e sorriso, Associazione "Sotto il manto di Maria Regina della Pace", Gorgonzola (MI), 2002 (foi publicada tradução portuguesa com o título de Sorrindo à dor, Cavaleiro da Imaculada, Porto, 2001, com autoria atribuída a Alexandrina Maria da Costa)
Sulle ali del dolore, Gamba Edizioni, Gorgonzola (MI), 2004.
Alexandrina, voglio imparare da te, Gamba Edizioni, Gorgonzola (MI), 2004 (esta obra, concebida como um vade-mecum dos amigos da Alexandrina, está traduzida para português; no Página Mensal do Sítio Oficial está traduzida para espanhol, inglês, francês e ainda, ao menos em parte, para alemão e esloveno).

Obra publicada em colaboração com Giulio Giacometti e Piero Sessa:
La gloria dell'Uomo dei Dolori nel sorriso di Alexandrina, Edizioni Segno, Tavagnacco (UD), 2005.

Curiosidade: veja aqui em 15 línguas um pequeno artigo sobre os Signoriles que  um dia colocámos na Wikipedia inglesa. Salvo uma ou outra mais cidada, as restantes devem ser traduções automáticas.

Imagens:
Os Signoriles (em cima).
Aguarela de Felicina Sesto no belíssimo opúsculo Anima pura cuore di fuoco (em baixo).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Carta ao Menino Jesus

Para o Meu querido Jesus, no seu presépio.
Remete a vossa filhinha Alexandrina, que quer aprender convosco as vossas lições. Sede o meu Mestre, Jesus!

Natal de 1946: ao nascer Jesus, junto do Seu presépio.
Doce e caro Jesus, em espírito prostrada humildemente, sentindo (no coração) o vosso presépio, venho adorar-Vos e entregar-me inteiramente a Vós, para mesmo aqui, neste momento, morrer para mim e para o mundo.
Oh, sim, o quero, Jesus, para viver inteiramente para Vós, para dar-Vos a prova, não do amor com que Vos amo porque é tão pouco, mas sim daquele com que Vos queria amar. […]
Alexandrina

Feliz Natal

Com este postal criado pelo Afonso Rocha, desejamos a todos os visitantes um feliz e santo Natal.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Il Sorriso nella Croce

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Depois de alguns esclarecimentos iniciais, em que se inclui a Intenção que traduzimos e copiámos abaixo, o opúsculo Il Sorriso nella Croce (103 páginas), desenvolve-se em dez capítulos que dão conta dos momentos principais da vida da Alexandrina, no estilo autobiográfico de Solo per Amore! Termina com um breve epílogo.
Corresponde a uma segunda edição melhorada de Croce e Sorriso, e o seu visual é muito bem conseguido.
A Intenção é atribuída ao Grupo Beata Alexandrina, que é dirigido pela D. Eugénia.

INTENÇÃO

O conhecimento da beata Alexandrina vai-se difundindo rapidamente até aos confins do mundo e espanta pelas grandes maravilhas operadas nela pela Graça divina e pela for­ça do amor desta grande mística.
O Grupo apresenta aqui uma biografia breve que quer pôr em evidência a figura da Ale­xandrina na sua missão de alma-vítima, enquanto membro do corpo místico de Jesus que continua a obra da redenção (Paulo, Col I, 24).
Quer levar o leitor a meditar sobre o papel da alma-vítima.
É certo que nem todo o leitor deve chegar a oferecer-se como alma-vítima!
Mas ansiamos que, meditando sobre estas paginazinhas se sinta estimulado a fazer frutificar as próprias adversidades oferecendo-as com amor a Jesus pela salvação das almas.
Sobre o papel duma alma-vítima, Jesus explica à Alexandrina:
"Eu, para salvar os pecadores, escolho almas, coloco nos seus ombros a cruz e sujeito-me a ajudá-las.
Feliz a alma que compreende o valor do sofrimento!" C (10-1-35)
E a uma outra alma mística, que quer ficar anónima, dirige-se-lhe com uma súplica.

"A MINHA SÚPLICA DE AMOR URGENTE"

«Para salvar o mundo,
preciso de almas consagradas
que me sejam verdadeiras esposas co-redentoras.
Não tenho as suficientes, tenho falta delas;
dai-me estas almas.
Pertencei ao número destas almas!
O meu Coração espera-vos,
o meu Coração suplica-vos!
Mas sabei bem isto:
Eu, Esposo crucificado, desposo crucificando.
Um verdadeiro coração de esposa é a presa do Esposo,
amando tudo o que Ele ama.
Por isso as almas a Mim consagradas
devem perder-se em Mim, deixar-se apanhar e consumir por Mim e para Mim.
Devem, como Eu, ter uma sede ardente da salvação das almas
e da glória do Meu Pai;
amar como Eu a cruz
e os sofrimentos redentores.
Não quereis pertencer todas a este número?
Posso demostrar-vos maior amor
que pedindo-vo-lo?
Por vós fiz-Me vítima:
Sede também vós
hóstias inteiramente consagradas!» [1]

Para quê insistir no pedido de almas-vítimas? Ouçamos o que afirma Pio XII:
«Mistério tremendo, certamente, e sobre que não se poderá jamais meditar o bastante: a salvação de um grande número (das almas) depen­de das orações e das mortificações voluntárias, realizadas com este fim pelos membros do Corpo místico de Jesus Cri­sto».
Meditemos também sobre o facto de que Nossa Senhora em Fátima exortou os três pastorinhos a sofrer pelos pecadores. E aqueles pequenos-grandes santos, com que empenho acolheram o convite!

O P.e Pinho, na biografia No Calvário de Balasar diz que a Alexandrina, nascida em plena era de reparação, é uma daquelas almas que não hesitam em oferecer-se como vítima de reparação e expiação.
Desde então, a situação continuou a piorar: em 1940 a Alexandrina fez o sacrifício de escrever ao chefe do governo (Salazar) e ao cardeal Patriarca (D. Manuel Gonçalves Cerejeira) para a moralização das praias.
E hoje? Não é preciso ir às praias para ver tanta imoralidade!
Se queremos ser cristãos verdadeiramente, não só de nome, devemos sentir o impulso do amor aos irmãos que vivem uma vida perdição e oferecer os nossos sofrimentos com espírito de expiação e redenção, na vida quotidiana seguindo o caminho que Jesus escolheu para nós, que raramente será o de alma-vítima.
O nosso empenho deve ser o de amar.
Jesus diz: "A minha cruz é suave, se levada por amor a Mim" C (l0-1-35); logo amor aos irmãos. E diz ainda:
"Para a alma que ama apaixonadamente Jesus, o Calvário é Tabor". S (27-4-51) Alexandrina, chegada ao fim do seu calvário, afirma:
"Para suportar a dor é preciso espremer-se em amor”. S (26-8-55)
Eis o que nos impeliu a ilustrar a fi­gura da beata Alexandrina, pondo em destaque aquele seu sorriso em tanta dor.

O Grupo

14 Setembro de 2010
Exaltação da Cruz
Nota - As siglas C e S correspondem a Cartas ao P.e Mariao Pinho e Sentimentos da Alma.

[1] Monier-Vinard, Cum Clamore Valido, Génova, Marietti, 1954.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Il Sorriso nella Croce

Acabámos de receber um novo livro sobre a Beata Alexandrina, preparado pela D. Eugénia Signorile. Intitula-se Il Sorriso nella Croce, “O Sorriso na Cruz” e tem como subtítulo “Breve biografia di un’anima vittima”, “Breve biografia duma alma-vítima”.
Parece uma versão em reduzido de Solo per Amore! A seu tempo colocaremos aqui mais alguma informação sobre ele.

Notícias de Balasar

Vai ser homenageado em Balasar, com um busto, o falecido Lino Araújo, antigo Presidente da Junta de Freguesia. Foi um homem muito apreciado pelos balasarenses e um dedicado colaborador da Paróquia.
Espera-se que no princípio do próximo ano receba luz verde para publicação o nosso livro Em Louvor de Balasar. Vamos ver se ele desencalha de vez.
Copiamos para aqui parte dum documento que atesta o interesse dos Viscondes de Azevedo por Balasar, pois pretendiam adquirir aí a sepultura de D. Francisca, a mãe da Viscondessa, para sobre ela colocarem uma cobertura de mármore.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

QUADRAS DE NATAL DA BEATA ALEXANDRINA

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Canta alegre, minha alma,
Vai nascer o Deus-Menino!
Foi só para dar-te o Céu
Que Ele se fez pequenino.

Meu coração bateu asas,
Ao presépio foi poisar:
Dar-se todo a Jesus,
Para O servir e amar.

O fogo que me devora
Herdei-o do meu Jesus.
Principiou no presépio
E foi levá-Lo à cruz.

Tenho fome de Jesus,
Vou ao presépio a correr,
Comer das suas virtudes:
Só elas me fazem viver.

Natal de 1951

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

P.e José da Silva Tavares ou Fr. José da Sacra Família

Um sacerdote poveiro na Inglaterra vitoriana

José da Silva Tavares ou José da Sacra Família (Argivai, Póvoa de Varzim, 14-02-1788 — Brentwood, Essex, England, 14-09-1858) foi um padre católico que ensinou na Universidade de Coimbra, ao tempo em que era agostinho descalço; mais tarde, por se opor à revolução liberal, partiu para o exílio, tendo vivido na França, Alemanha e Inglaterra. Entretanto secularizou-se. Na França fundou e dirigiu um importante colégio – Colégio Português e Brasileiro, em Fontaine-aux Roses, Paris – mas depois foi para a Inglaterra. Lá, primeiro (1848) abriu uma modesta escola em Stratford Green, junto a Londres e posteriormente, como missionário, em Witham, Essex, dedicou-se com entusiasmo a construir uma pequena igreja, que ainda existe, e desenvolveu um fraterno diálogo com protestantes grados da região.
Alguns anos à frente, foi para a Alemanha, mas regressou a Inglaterra em 1853, para a comunidade católica de Santa Helena, em Brentwood. Aí faleceu em 1858 e foi sepultado no cemitério paroquial junto à igreja. O Cardeal Wiseman assistiu ao seu enterro.
Um artigo do site da Catedral de Santa Maria e Santa Helena menciona outro padre português, Emanuele Dios dos Santos (provavelmente Manuel dos Santos) que teve um papel importante em Brentwood naqueles difíceis tempos do meio do séc. XIX, mas ignora o P.e José da Silva Tavares.
Porque o P.e Sacra Família foi poveiro como a Alexandrina e porque na Inglaterra há desde muitos anos um divulgada devoção à nossa Beata, pareceu-nos útil colocar aqui esta informação.
Para um mais alargado conhecimento desta figura poveira, consulte-se o artigo que a Wikipédia lhe dedica e as respectivas fontes.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dois livros em francês sobre a Beata Alexandrina

Na primeira metade desta semana a Alex-Diffusion porá à venda dois livros em francês recentemente editados: Seulement par amour!, de Eugénia Signorile, e La spiritualité d’Alexandrina, de Paulette Leblanc.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Gary Bevans, pai da Bernadette e da Emily Bevans


Pintor, Diácono, Actor

Veja-se um pouco do que traduzimos desta localização sobre Gary Bevans, o pai da Bernadette e da Emily Bevans, que têm as Mary’s Dowry Productions. Foi ele que, no DVD, fez de Lino Ferreira, na cena do ataque à Beata Alexandrina e que provocou o famoso salto. As filhas fizeram um filme sobre ele, com o título de "How I painted the Sistine Chapel Ceiling. A documentary in collaboration with the artist of the world's only full copy of the Sistine Chapel Ceiling".
Obrigatório consultar também este site sobre a Igreja Católica dos Mártires Ingleses.
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Gary Bevans passou mais de cinco anos a pintar a única réplica no mundo em tamanho real do tecto da Capela Sistina do Vaticano.
Agora ele está de volta como guardião permanente da Igreja, que contém a incrível obra de arte.
Gary, 55 anos, será ordenado diácono na Igreja Católica dos Mártires Ingleses, Goring Way, Worthing, hoje (13/6/09).
A cerimónia será conduzida pelo Reverendo Kieran Conry, Bispo de Arundel e Brighton.
Hoje, milhares de pessoas de todo o mundo visitam a igreja, inaugurada em 1960.
Gary, originalmente um pintor de tabuletas, frequentou a Escola Secundária masculina de S. André em Sackville Road, Worthing.
Converteu-se à fé católica aos 17 anos, mas foi só depois de uma peregrinação a Roma que decidiu assumir a tarefa monumental de reproduzir o tecto de Miguel Ângelo.
Apesar de nunca ter uma lição de arte em sua vida, Gary, então com 33 anos, apresentou a ideia ao pároco, padre Enda Naughton.
Dom Cormac Murphy-O'Connor, que mais tarde se tornou cardeal da Inglaterra, foi consultado, e ele recebeu permissão.
Painéis de madeira em branco foram aparafusados  ao tecto e Gary passou os cinco anos seguintes a desenhar e a pintar 500 figuras.
Trabalhou frequentemente durante a noite, e enfrentando calor intenso do verão e amargo frio do inverno, para completar o trabalho.
O tecto foi finalmente concluído em 1993 e permanece como a única cópia integral no mundo, embora esteja 30 pés mais perto do chão do que o original.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mary’s Dowry Productions - lançamento do DVD da Beata Alexandrina (1)

                              por Kevin Rowles

No sábado, 4 de Dezembro de 2010 - um primeiro sábado de Nossa Senhora - as Mary’s Dowry Productions lançaram o seu novo DVD sobre a Beata Alexandrina Maria da Costa. Uma análise do DVD já foi publicada aqui. O evento teve lugar n’"O Celeiro", que é o Salão Paroquial da Igreja Católica dos Mártires Ingleses em Goring-on-Sea, Worthing, West Sussex. O mau tempo, incluindo chuva e neve, afectava grande parte do país, mas, apesar disso, as pessoas ainda vieram para apoiar esta ocasião única. O salão fica ao lado da Igreja dos Mártires Ingleses, que é bem conhecida no Reino Unido por ter uma inspiradora reprodução da Capela Sistina no seu tecto, que foi pintada pelo Diácono permanente Gary Bevans, que é o pai da Bernadette e da Emily Jane Bevans, que dirigem Mary’s Dowry Productions.
As irmãs Bevans organizaram o dia como um evento duplo. Tudo começou às duas horas como uma tradicional Feira de Natal, com comida e várias tendas e funcionalidades. As irmãs Bevans tinham uma impressionante tenda para os DVD’s das Mary’s Dowry Productions, CD's, livros e objectos de devoção. O novo DVD da Beata Alexandrina estava à venda e foi uma fonte de grande interesse.
Algumas das vendedoras vestiam trajes da época, reflectindo a essência principal do trabalho das Mary’s Dowry Productions, que é a promoção dos santos e mártires da nossa história, e houve mesmo uma recriação (pelos amigos da família Bevans) do traje da prisão do martirizado padre jesuíta S. Edmundo Campion!
Imagens a partir de cima:
O tecto da Igreja dos Mártires Ingleses, pintado pelo Diácono Gary Bevans
A tenda das Mary’s Dowry Productions
Bernadette e Emily Jane Bevans com cópias do seu DVD da Beata Alexandrina

Mary’s Dowry Productions - lançamento do DVD da Beata Alexandrina (2)

Gentilmente, as irmãs Bevans convidaram-me a mim e ao Richard Sheridan para representar a Alexandrina Society, e tivemos uma tenda onde o meu livrinho Blessed Alexandrina a Living Miracle of the Eucharist, esteve à venda.
Também entregámos folhetos e informações sobre a Beata Alexandrina e sobre a Alexandrina Society, e literatura e artigos devocionais, que foram gentilmente doados pela Associação Universal do Rosário Vivo. Nós trouxemos a relíquia de primeira classe da Beata Alexandrina; as pessoas ficaram satisfeitas ao ver a relíquia e venerá-la. Além disso, José Ferreira, de Portugal, gentilmente doou alguns pagelas com relíquia da Beata Alexandrina de Balasar, que foram oferecidos, e foram muito populares.

Imagem: Kevin na tenda da Beata Alexandrina com a relíquia de 1ª classe

Mary’s Dowry Productions - lançamento do DVD da Beata Alexandrina (3)

Alguns membros dos Arautos do Evangelho, uma Associação Internacional de Direito Pontifício, que foi aprovada pela Santa Sé em 2001, vieram para ver o DVD da Beata Alexandrina, à noite. O seu apostolado enlaça estreitamente com o da Beata Alexandrina - intensamente eucarístico e mariano. Foi óptimo vê-los lá, apoiando este evento.
Após a Feira de Natal, começou, por volta das 07h30, a segunda metade do evento, com uma selecção de trechos de diferentes filmes das Mary’s Dowry Productions, seguida pela primeira exibição pública do DVD da Beata Alexandrina.

Agnes Lee, que fez de Beata Alexandrina no filme estava na plateia. O DVD da Beata Alexandrina foi muito bem recebido. Uma religiosa que estava presente descreveu-o como "comovente e importante" e comprou uma cópia do DVD para mostrar à comunidade.
Houve um casal presente que tinha estado na beatificação da Alexandrina, em Roma, em 2004. Contaram:
 “Nós não tínhamos ido a Roma para a beatificação. Na verdade nós não sabíamos até ao dia anterior que haveria uma beatificação no domingo - foi mesmo um bónus acrescentado à nossa visita. Houve seis beatificações naquele dia e lamento dizer que nós não conhecíamos qualquer um dos beatificandos. Recordo que no regresso a casa lemos nos jornais católicos da semana seguinte sobre as beatificações em Roma, e esta foi a primeira vez que soubemos alguma coisa sobre eles. Sentimo-nos sempre muito privilegiados por termos assistido a uma beatificação, mas, embora nós tenhamos conservado o livro como uma lembrança, esquecemos os nomes das pessoas beatificadas. Foi só no final do filme, na noite passada, quando a narração confirmou a data da beatificação, que recordámos que tínhamos estado presentes à beatificação da Alexandrina ".
Parece que a Beata Alexandrina não quis que eles a esquecessem!
Outros comentavam que o DVD foi muito emocionante e o melhor filme das Mary’s Dowry Productions até à data.
Sinceros parabéns e agradecimentos à família Bevans e aos seus ajudantes por nos darem a todos nós um dia inesquecível e muito agradável.
Beata Alexandrina, rogai por todos nós!

Para mais informações:
Compre o DVD da Beata Alexandrina aqui.
Blog das Mary’s Dowry Productions aqui.
Blessed Alexandrina – a Living Miracle of the Eucharist, opúsculo da autoria de Kevin Rowles, disponível aqui.
Para mais informações sobre onde comprar na Irlanda e no Reino Unido, por favor, escreva para alexandrina2@btinternet.com.
Blogue dos Arautos do Evangelho, na Inglaterra e País de Gales, aqui.
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Imagens:
O público que assiste à exibição do DVD
Os Arautos do Evangelho na tenda da Beata Alexandrina

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lançamento do DVD das Mary's Dowry Productions

Os leitores de inglês já podem apreciar a reportagem do Kevin Rowles sobre o lançamento do DVD que as Mary's Dowry Productions prepararam sobre a Beata Alexandrina. Basta abrir aqui. Quando tivermos oportunidade, traduzi-la-emos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Lançamento do DVD

O lançamento do DVD da Beata Alexandrina aconteceu ontem. Apesar da neve, foi um lindo dia, diz o Kevin. Foram distribuídas duas pagelas sobre a Beata. Durante a próxima semana esperamos receber uma reportagem sobre o evento, mais as pagelas. De tudo daremos aqui conhecimento.
Veja-se aqui informação sobre a entrevista da Bernadette e da Emily Bevans, das Mary's Dowry Productions, à BBC.

Tradução um pouco livre do texto sobre a informação anterior que as irmãs Bevans puseram em linha:

Excelente notícia para as Mary's Dowry Productions - a equipa das Canções de Louvor da BBC contactou-nos há alguns meses para marcar uma entrevista sobre o nosso trabalho de produção de filmes sobre a vida dos Santos e Mártires da Inglaterra; veio na manhã de segunda-feira, 22 de Novembro, para uma grande manhã de gravação.
Espera-se que seja transmitido pela BBC1 em Janeiro de 2011.
Uma boa oportunidade para nós divulgarmos mais largamente, e para um público mais secular, os filmes das Mary's Dowry Productions, bem como a difundir para mais pessoas a Fé Católica, o Património e Santos da Inglaterra.
Tal como está, o nosso segmento será exibido em 16 de Janeiro e enlaça-se com as suas filmagens na Catedral de Arundel.

Neste link encontra-se alguma informação sobre o nosso colaborador Leo Madigan, que ganhou um prémio no Hay Short Story Competition.
(“Leo Madigan will read his two winning stories, 'Beyond the Dreams of Avarice' and 'The Will of Quintus Kirkwood', and be presented with his prize.”)
Aqui vem alguma informação sobre o autor do livro Alexandrina Maria da Costa.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Por Balasar


Vimos hoje em Balasar um desdobrável sob o título de “Actividades Paroquiais. Santa Eulália de Balasar 2010/2011. Viver (d)a Palavra”.
Transcrevemos dele algumas frases:

Como comunidade paroquial somos convidados a reflectir, meditar e viver a Palavra. Esta Palavra não é uma mera palavra. Esta Palavra chama-se Jesus Cristo, o Messias, o Enviado do Pai. Ele é para nós o Mestre, Caminho, Verdade e Vida.
Como Igreja temos a Missão de anunciar a Palavra. Este anúncio faz-se pela vivência e testemunho. "Vós sereis minhas Testemunhas".
A Beata Alexandrina é modelo e exemplo de alguém que viveu intensamente a Palavra e foi grande Arauto da Pala­vra. Que ela nos inspire a conhecer, estudar, meditar, reflectir e a Viver d(a) Palavra.

Saiu ontem no Diário do Minho a pequena recensão que uma vez aqui tínhamos colocado sobre Caminhos de Balasar.