sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Beata Alexandrina na Califórnia


A Maria Rita Scrimieri proferiu uma conferência sobre a Beata Alexandrina na Califórnia, em Setembro passado. Veja aqui.
No Wisconsin, em Green Bay, existe um Alexandrina Center. Alexandrina é a Beata Alexandrina.
Esta informação baseia-se no novo n.º do Boletim de Graças.

domingo, 23 de dezembro de 2012

O P.e Joaquim Carreira, sucessor de Monsenhor Manuel Pereira Vilar na direcção do Pontifício Colégio Português de Roma


O Público de hoje dá grande destaque ao P.e Joaquim Carreira: dá-lho na capa da edição impressa e numa revista. Este sacerdote, que salvou dezenas de judeus da caírem nas mãos dos nazis, sucedeu ao Mons. Manuel Vilar na direcção do Pontifício Colégio Português de Roma, como se afirma na revista: “(…) Joaquim Carreira chegou à capital italiana a 4 de Maio de 1940, com 31 anos, para ocupar o cargo de vice-reitor do Colégio Pontifício Português.  Em 1941, com a morte do reitor, Monsenhor Manuel Pereira Vilar, passaria a reitor interino”.
A ocupação de Roma pelos alemães só ocorreu em Setembro de 1943, bem dois anos após o falecimento do grande amigo e admirador da Beata Alexandrina.
À noite, a SIC retomou o trabalho jornalístico do Público e dedicou também bastante espaço ao P.e Joaquim Carreira.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Meditação de Natal


Os Evangelhos não nos dizem nada da infância nem da juventude de Jesus. S. Mateus e S. Lucas falam do nascimento, para afirmar que ele foi virginal, segundo o anúncio de Isaías, e para afirmar a filiação divina. S. Lucas tem depois aquele episódio da ida anual a Jerusalém aos doze anos, mas é facto isolado. Só podemos imaginar como foi a vida de Jesus na infância e na juventude. Neste caso, interessa-nos a juventude.
Para fazermos ideia do que ela foi precisamos de saber alguma coisa sobre o judaísmo do tempo. Como foi a vida dele durante os anos em que viveu em Nazaré?
Ele seria aplicado e alegre no trabalho, piedoso, frequentador da sinagoga, atento aos necessitados. Mas sem dar muito nas vistas, como a sua Mãe. Se considerarmos os modelos de vida activa, Marta, e de vida contemplativa, Maria, do Evangelho de S. João, Jesus e sua Mãe viveriam mais a vida contemplativa. Vida que Jesus limitou com a sua pregação ambulante e pública e a que Nossa Senhora se terá entregado sempre.
S. José, esse terá entretanto falecido.
Por volta dos 30 anos Jesus ter-se-á aproximado do profeta que então se manifestou, S. João Baptista.
S. João Baptista era um homem do sul, ao contrário de Jesus, e devia ter tido alguma ligação aos essénios. Era um homem do deserto e do Jordão. Faz lembrar a entrada dos hebreus na Terra Prometida. O seu baptismo (no Jordão) proporcionaria como que o ingresso na nova terra. Jesus era do norte.
Mas não é só a diferença de origem geográfica que separa e separará Jesus do Baptista. Jesus vai até às pessoas, convive com elas, instala-se numa cidade, Cafarnaum, ao contrário do Baptista que se instalou no deserto, usava umas vestes estranhas e se alimentava de modo também estranho. João testemunha a respeito de Jesus e Jesus testemunhará a respeito de João.
Mas isto são diferenças menores, a maior, por sinal, destaca-se também na ligação a S. João Baptista: a filiação divina. O baptismo no Jordão é um episódio maior dessa revelação. Os evangelistas referem-no, de um modo ou de outro. Aí é ouvida a voz de Deus Pai a testemunhar a filiação divina de Jesus, enquanto o Espírito Santo desce sobre Ele em forma de pomba.
Afirmar de um homem comum que é o Filho de Deus é abismal, como há-de ser abismal proclamar que Ele ressuscitou.
Nos Evangelhos, para o leitor menos atento, parece que o que está em causa é sobretudo o ensino de Jesus, o amor que devemos a todos e a relação com Deus. Mas estes ensinamentos não se separam das duas questões anteriores: é o Filho de Deus que ensina, é do Ressuscitado que os evangelistas falam. A importantíssima tarefa deles foi mesmo proclamar a sua filiação divina, proclamar que Ele ressuscitou e recolher o seu ensino. Ensino que S. Paulo quase não menciona, bastando-lhe reconhecê-Lo como aquele que cumpriu as promessas do Antigo Testamento.
Não foi fácil para as primeiras comunidades absorverem a afirmação da filiação divina nem a da ressurreição. Nem é para nós. O Natal devia proporcionar uma séria, aprofundada meditação sobre estes verdadeiros mistérios. A fé não pode ser coisa superficial, deve ser exigente, para depois merecer uma adesão entusiasta.
Quem de nós faria inteiramente sua esta citação da Carta de S. Paulo aos Colossenses?
Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura:
porque n’Ele foram criadas todas as coisas: nos Céus e na Terra, visíveis e invisíveis (...)Por Ele e para Ele tudo foi criado.Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste.Ele é a cabeça da Igreja, que é o Seu corpo.Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos;
em tudo Ele tem o primeiro lugar.

Apelo de Jesus através da Beata Alexandrina

Desceu Jesus do Céu e vai falar pela sua porta-voz. Ouvi, meus filhos:
Sereis meus filhos, se me amardes e seguirdes a minha Lei.
Sereis benditos do meu Pai: abrasai-vos no meu amor. Dar-vos-ei todas as graças.
Sereis meus filhos se professardes a minha Lei.
Sereis meus filhos se, por meu amor, levardes a vossa cruz.
Sereis meus filhos se, por meu amor, fordes apóstolos do bem.
(30-10-53)

sábado, 8 de dezembro de 2012

Honra e glória ao Senhor nos altos Céus!


Honra e glória ao Senhor nos altos Céus!
Chegou enfim o dia da minha alegria e de todos os que são verdadeiramente devotos da querida Mãezinha!
Ó Virgem da Assunção, ó Mãezinha Imaculada, mais que os Anjos pura e bela!
Criou-Vos o Senhor tão pura, tão pura, com a sua mesma pureza, criou-Vos para serdes sua Mãe.
Oh, como és bela e imaculada, em Ti não há mancha de pecado!
Ó Céus, falai de mim, por mim aclamai à Mãe do Senhor e Mãe nossa, a Rainha dos Céus e da Terra!
Mãezinha, sou tua, faz-me pura!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como era a igreja em que a Beata Alexandrina foi baptizada?


Já sabíamos duas coisas sobre a igreja paroquial onde a Beata Alexandrina foi baptizada, a sua localização bastante exacta, por uma planta do cemitério, e a sua “medição”, feita em 1830. Mas agora temos um dado novo.
Numa planta de 1905, da estrada que se queria abrir entre a Santa Cruz e Vila Pouca, vem um pequeno desenho do adro, com a respectiva igreja e com a localização da residência. A nitidez do desenho na planta já não é grande e a da nossa cópia é naturalmente pior, mas ainda assim permite perceber várias coisas.
Balasar é uma freguesia grande, que à data tinha perto de mil habitantes, mas o adro e a igreja eram acanhados. Se para as missas de preceito se poderia recorrer às capelas do Senhor da Cruz e de Santa Luzia – era ali que se tinham de fazer os enterros. E não havia para onde alargar.
Isto nota-se na capela-mor: tinha-se aproveitado muito espaço e o resultado não podia ser brilhante. Visualmente, a igreja estava desfigurada.
Na actual igreja paroquial há muitas imagens que vieram do Matinho.
A linha que envolve a igreja delimita o adro; a capela-mor ficava para poente. À direita, para sul, estava a residência paroquial. De notar o traçado da nova estrada, que é a actual. O cemitério acabado de construir em 1914 aproveitou o espaço da igreja, do seu adro e da residência.

A modernização de Balasar começou em 1878, com a inauguração da estação das Fontainhas e o começo da abertura da estrada municipal do Cubo a Gresufes, quando era vereador José Domingues Furtado, da Gandra.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A vista do Dr. Elísio de Moura - 26 de Dezembro de 1938 (fim)


Já se começou a ver que a narrativa original da Alexandrina sobre a visita do Dr. Elísio de Moura, que a seguir o P.e Humberto comenta, é muito sintética. Quantas coisas omitiu! E isto é certamente verdade a respeito de outros episódios, como o do Salto.

Foi mesmo naquela ocasião que, na salinha dos Costas, o Director da Alexandrina, ao referir-lhe o médico que nada de anormal achava na Alexandrina, expôs o estranho fenómeno que nela se verificava quando ouvia pronunciar a palavra «pecado», ou também «pecadores». O Prof. Elísio de Moura, resoluto como um raio, como quem julga haver descoberto finalmente o fio duma intrincada meada, reentrou expeditamente no quarto da Alexandrina.
Sentou-se perto dela e perguntou-lhe: «Ó Joaninha, sabes rezar?... Rezas muito?» «Pouquinho, senhor doutor. Rezo como me permitem as minhas forças!», responde a Alexan­drina. «Diz comigo: Ave Maria...» e rezou com ela toda a oração. Mas o estranho estremecimento não se manifestou. Triunfante, deu-lhe na face uma palmadita e, como explo­dindo, acrescentou: «Vês que desta vez te apanhei em falta? Eu disse «pecadores» e tu...!» Mas gelou-se-lhe a frase na garganta, porque viu a Alexandrina agitar-se violentamente, como sacudida por uma força misteriosa. O professor, então lançou-se nervoso sobre ela e, como a prendê-la num torno, segurou os joelhos sob os ferros da cama, e procurou com as mãos agarrar-se aos ferros do lado oposto, mas por mais esforços que fizesse para conservar firme a doente, não o conseguiu. Além disso, pelas sacudidelas violentas da Alexandrina, foi lançado ao ar umas poucas de vezes, recaindo sempre pesadamente. Teve de desistir, vencido, das tentativas de imobilizar a doente.
A explicação do sucedido, o eminente psiquiatra recebeu-a do próprio Director, que expôs o que havia observado antecedentemente, isto é, que quando a Alexandrina se punha no número dos pecadores, como acontece nas palavras da Ave-Maria: «rogai por nós, pecadores», o estranho fenómeno não se registava. O Dr. Moura, antes de deixar a casa, com a mão erguida para a doente, a despedir-se, dizia-lhe, delicada, afectuosamente: «Adeus, Alexandrina, e reza também por mim!»

Humberto Pasquale, Beata Alexandrina, Edições Salesianas, 7ª edição, págs. 145-6.

A Alexandrina não era ingénua, seleccionava o que queria passar a escrito.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A vista do Dr. Elísio de Moura - 26 de Dezembro de 1938 (2)


O que se segue é transcrito de No Calvário de Balasar, do P.e Mariano Pinho. Depois de o lermos, vemos que a Alexandrina foi muito delicada para com o Dr. Elísio de Moura…

Achando-se pelo Natal em Braga, onde residíamos, o Dr. Elísio de Moura, conhecido neurologista, convidámo-lo a vir examinar a doente, a ver se na verdade, a sua paralisia teria por causa mielite ou não. Acedeu gostosamente ao nosso convite.
Explicámos-lhe então a razão do nosso interesse em conhecer a causa da doença: — é que tendo ela êxtase em que se movimentava perfeitamente, era de toda a conveniência perscrutar o valor desses movimentos, à face da Ciência.
Ergue bruscamente a cabeça e, em tom bem diferente daquele em que até ali estávamos conversando, respondeu-nos:
— Ah, sim? Está bem: eu vou lá e curo-a!
— Mas, Doutor, não é que tenhamos dúvidas da verdade dos êxtases da doente; queremos simplesmente saber até que ponto esses movimentos excedem as forças naturais, suposta a sua paralisia.
— Sim, sim: eu vou lá e curo-a! — repetiu.
Com tal predisposição apriorística, pareceu-nos logo que pouco resultado prático iria dar o tal exame. Mas lá fomos, ele, sua Esposa, o Padre José de Oliveira Dias, S.J. e nós, no dia 26 de Dezembro de 1938.
Sem nenhum interrogatório prévio, tratou-a como a própria Alexandrina nos descreve nas suas notas biográficas:

No dia 26 de Dezembro de 1938, fui visitada e examinada pelo Sr. Dr. Elísio de Moura, que me tratou cruelmente, tentando sentar-me numa cadeira com toda a violência. Como nada conseguisse, atirou-me para cima da cama, fazendo experiências que me fizeram sofrer horrivelmente. Tapou-me a boca, atirou-me contra a parede, fazendo-me dar uma forte pancada. Vendo-me quase desmaiada, disse-me:
— Ó minha Joaninha, não percas os sentidos.
Sem querer, chorei, mas as minhas lágrimas ofereci-as a Jesus com os meus sofrimentos que foram muitos, pois o que digo, nada é do que passei. Tudo lhe desculpei, porque ele vinha em missão de estudo.

Quanto aos fenómenos tais quais se apresentam (ele assistiu ao êxtase da Paixão), — são impressionantes, disse — e muito impressionantes, para quem não está habituado a observar o que eu observo: para mim são banais e não vejo motivo, da parte da Ciência, para os atribuir a forças estranhas.
— Então que causa lhe atribui? Histeria? — perguntámos.
— Não.
— Então?
Respondeu hesitando:
— Fraude e auto-sugestão.
É de notar que o Dr. Elísio de Moura, católico, o melhor psiquiatra português, mas não sabe nada de fenómenos místicos, como múltiplas vezes mo confessou, nem está disposto a admiti-los; mostrou-se até algo interessado, quando lhe disse que médicos eminentes os estudavam e admitiam. Não admite as estigmatizações dos Santos; mostra-se muito céptico a respeito dos milagres de Lurdes e indignado com a Voz de Fátima, pelos milagres que lá narra. Nunca leu nem estudou nada de Mística e afirma-me que não há nenhum médico em Portugal que saiba disto.
Procurei convencê-lo que estudasse, pois os teólogos em Portugal precisariam médico a quem recorrer em casos análogos, possíveis... Respondeu-me que não tinha tempo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Foi excelente!


Eu assisti ao programa sobre a Beata Alexandrina da Costa  na EWTN esta tarde e foi excelente! Os meus parabéns ao Kevin Rowles e a todos aqueles que prepararam o filme - é muito inspirador e é muito bem feito.
Aqueles que não viram o programa nos EUA poderão vê-lo no sábado, dia 08 de Dezembro, às 5 da manhã (creio que 10 em Portugal).
G. Dallaire

sábado, 1 de dezembro de 2012

A EWTN, a Madre Angélica e a Beata Alexandrina


Eternal Word Television Network (EWTN), Cadeia de Televisão da Palavra Eterna, que amanhã vai passar o DVD das Mary’s Dowry Productins e do Kevin Rowles,  é o maior canal de televisão católico do mundo. Foi fundado pela Madre Angélica em 1981 e actualmente alcança mais de 80 milhões de lares em 110 países.
Já se imagina a divulgação que o evento pode dar à nossa Beata.
A EWTN foi talvez quem primeiro colocou em linha um livro sobre a Alexandrina.
Se sabe inglês, abra também esta página.
Alguns dos links ingleses da Wikipédia que indico têm páginas mais simples em espanhol, em francês ou até em português.