terça-feira, 27 de março de 2012

Livro em letão

Já temos connosco o livro do Leo Madigan em tradução para letão. Cremos que o título  diz "Beata Alexandrina da Costa, Mística de Fátima e Mártir".
O livro tem 174 páginas e foi usado um formato muito pequeno. Sensivelmente ao centro, encontra-se um conjunto de fotografias coloridas.
Editor: Kala Raksti.

sábado, 24 de março de 2012

Um museu

É nosso entender que Balasar deveria possuir um museu para guardar memória do seu passado. Um museu com uma forte componente agrícola, mas aberto a outros aspectos das antigas vivências locais.
Recentemente visitámos um museu excelente, o Museu da Agricultura de Fermentões, próximo de Guimarães: podia servir de inspiração para quem se quisesse abalançar à tarefa de criar o de Balasar.
Nesta freguesia, conservam-se bons jugos. Colocam-se a seguir imagens de dois, o primeiro de Balasar, de 1897, e outro do museu mencionado, de 1886. O de Balasar tem ao centro o brasão nacional monárquico, o segundo, procedente de S. Tiago de Antas, tem a mais usual cruz.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Exposição em Balasar

Só soubemos hoje desta exposição, por isso é agora que colocamos aqui o cartaz respectivo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A cruz de Jesus segundo a Alexandrina, um desafio para os artistas


Veja-se esta conversa do P.e Terças com a Beata Alexandrina em que falam da forma da Cruz de Jesus:

- Quando a Alexandrina viu a Jesus crucificado, qual era o feitio da cruz? Eu explico melhor: a travessa superior da cruz do Senhor era, como essa, uma só, inteira e perpendicular ao tronco principal?  
- Ai, não... A cruz do Salvador tinha este feitio. - E alongou os braços, de forma a desenhar um V.
A piedosa vidente, de facto, estando no leito, tem habitualmente diante dos olhos um crucifixo vulgar, ou seja, com a haste superior fixada em ângulo recto, no madeiro principal.
A cruz, porém, em que ela viu o Senhor tinha forma dife­rente: no alto, havia dois madeiros embutidos em forma de V no tronco vertical. No todo, a cruz devia ter a forma aproximadamente um y grego.
Os artistas têm aqui uma oportunidade de criar um crucifixo que reflicta a perspectiva dela.

sábado, 17 de março de 2012

A vinha do Senhor, a ave Fénix, a Alexandrina…

Eu frequento a igreja de S. João Baptista de Vila do Conde, aquela igreja onde a pequena Alexandrina recebeu o crisma. Desde há muito intrigava-me certa decoração dumas colunas de talha nacional que lá existem e que não é diferente da de muitas outras de variadas paragens.
O caso é este: pelas colunas acima trepam ramos de videira com fartos cachos (pâmpanos) e no meio daquela vegetação luxuriante vêem-se um menino e uma ave. Um e outro debicam as uvas. Mas eu não fazia ideia do que aquilo ali significava.
Há dias, de visita ao antigo Mosteiro de Tibães, lá vi de novo esta decoração. Perguntei à guia, mas ela não me deu explicação satisfatória. Então fui mais uma vez à internet tentar descobrir o significado daquilo e consegui o que queria.
A ramagem de videira e as uvas representam a vinha do Senhor, que produz o vinho que dá a vida eterna. A ave é a Fénix da mitologia, que renasce das cinzas e que significa a ressurreição.
Cruzam-se ali dois textos bíblicos, o da vinha do Senhor e o do Evangelho de S. João, quando Jesus diz que “quem comer deste pão e beber deste vinho viverá para sempre”.
A pequena Alexandrina não soube nada disto com certeza, mas agradeceria que lho dissessem.
Na mesma igreja, num festão de pedra, há esculpido o motivo da vinha e da Fénix.
Como isto é instrutivo!
Neste fragmento de coluna do coro alto do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, actualmente pousado no chão, vêem-se bem as videiras, as uvas e o menino; a Fénix está à direita, quase ao fundo.
Festão do séc. XVI com os motivos da vinha e da Fénix (a ave está na terceira "pedra" a contar de baixo - clique sobre a imagem para a ver melhor).

sexta-feira, 16 de março de 2012

Assento de baptismo do pai da Alexandrina

Aos 29 dias do mês de Abril do ano de 1875, nesta igreja paroquial de Santa Eulália de Balasar, concelho da Póvoa de Vrazim, diocese de Braga, baptizei solemente um indivíduo do sexo masculino, a quem dei o nome de António, e que nasceu nesta freguesia às dez horas da noite do dia 28 de mesmo mês e ano, filho legítimo de José Joaquim Gonçalves Xavier e de Ana Maria de Sousa, padeiros, naturais desta mesma fereguesia e nela recebidos, paroquianos e moradores no lugar de Vila Pouca, neto paterno de Joaquim Gonçalves Xavier e de Ana Maria da Silva e materno de António Fernandes Campos e Maria Serge. Foi padrinho António da Costa Reis e madrinha Maria Sousa, casados, lavradores, os quais todos sei serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado este assento que, depois de ser lido e conferido perante os padrinhos, comigo o assinou o padrinho. E não assinou a madrinha por não saber escrever. Era ut supra.
O Padrinho – António da Costa Reis

À esquerda da imagem, vem a data do casamento (casou antes de a Alexandrina nascer), o nome da mulher e data do falecimento. O nome completo dele era António Gonçalves Xavier.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Uma trapeira


A casa onde a Beata nasceu não tinha chaminé, como hoje, mas uma trapeira, uma abertura no telhado para a saída do fumo. Há quatro ou cinco décadas, as chaminés substituíram as trapeiras em quase todas as casas, mas há dias descobrimos uma em Balasar ainda em serviço, que também vai vai dar lugar a chaminé.
A trapeira deve ter sido um grande avanço na sua origem, pois antes, quando as casas eram cobertas a colmo, dificilmente se poderia cozinhar dentro de casa: talvez num alpendre. Mas ela tirava o fumo bastante mal, por isso a cozinha enegrecia. Ainda era um pouco assim na da casa que visitámos.
 Trapeira

Interior enegrecido da cozinha. Ao alto entra a luz pela abertura de tirar o fumo.

sábado, 10 de março de 2012

Alexandrina, Mártir da Eucaristia

Veja aqui a pequena biografia que o Wendell Mendonça escreveu sobre a Beata Alexandrina. É uma iniciação ao tema por um jovem autor que o estuda desde há anos.
Parabéns, Wendell!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Açucena de Portugal

Alexandrina Maria,
Criatura angelical,
Açucena de valia
No jardim de Portugal!

No Calvário, em Balasar,
Entre espinhos e martírios,
Uma flor foi despontar
Com a cor dos roxos lírios...

Incruentas e veladas,
Teve as chagas de Jesus
E que foram cinco espadas
A cravá-la em dura cruz.

Mui profundos, bem marcados,
Teve os cravos do Senhor,
Com espinhos enlaçados
A avivar-lhe a mesma dor.

Feita imagem de Jesus
E da Virgem, Mãe das Dores,
Sempre "mirrada" na cruz,
Foi doada aos pecadores.

Imolada como vítima
Deste mundo degradado,
Renasceu filha legítima
De Jesus crucificado.

Pomba sangrando crueza
Nas garras negras do mal,
Foi um anjo de pureza,
De olhar meigo, virginal.

O Pão dos Anjos comeu
Sem qualquer outro alimento...
Cálice amargo bebeu
E foi todo o seu sustento!

Sem comer e sem beber,
Donde as suas cores belas?
Sem dormir e a sofrer
Como tem olhos - estrelas?

Nos seus êxtases, arrimo
Da sua alma guerreira,
Gota do Sangue Divino
Deu-lhe a vida verdadeira.

Seu Esposo, o bom Jesus,
Cumulou-a de louvores,
Pois amou a dura cruz
E salvou-Lhe os pecadores.

Já outrora, em Balasar,
Descera um Anjo de luz,
Desenhando, com luar,
O sinal da Santa Cruz.

Vem a Vítima, em seguida,
Para a cruz e seu "Calvário",
Arrimada, na subida,
À "Mãezinha" e ao Sacrário.

Lisboa, 1 de Janeiro de 1980
Pe. J. Fernandes de Oliveira
Boletim de Graças de Janeiro–Junho de 1980

quarta-feira, 7 de março de 2012

Pequeno anúncio

Este pequeno anúncio d'A Paixão Dolorosa do P.e Terças saiu num jornal da Póvoa de Varzim em 1942. E foi este padre da Congregação do Espírito Santo que com a sua publicação sobre a vivência da Paixão pela Alexandrina levou o nome dela a todo o país. Desde então, ela deixou de ser uma mulher anónima duma desconhecida aldeia do Minho.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Um autocarro para ir ouvir a palestra

Em Balasar fretou-se um autocarro para ir ouvir o P.e José Granja falar sobre a Beata Alexandrina na Faculdade de Teologia, no próximo dia 8.
Como a Tuitio Fidei pediu informação bibliográfica da nossa Beata, é provável que agora, sob este aspecto, a divulgação seja um pouco mais proveitosa.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Uma peça de museu

Em Balasar há alguns coleccionadores. Um deles está-se a desfazer da colecção, que tem algumas peças que poderiam integrar um futuro museu da Beata Alexandrina. Não será infelizmente o caso desta belíssima mala de embarque (mas o dono tem outras).
Na freguesia houve muita emigração para o Brasil. O próprio pai da Alexandrina foi emigrante, o P.e Pinho passou dois períodos no Brasil, até o P.e Humberto lá foi e um irmão da D. Ana cremos que também lá esteve. Uma mala destas ficava bem no museu...


Se sabe inglês e quer ler uma bela e verídica história, clique aqui.