terça-feira, 22 de dezembro de 2015

SAUDAÇÃO DE NATAL


A todos os habituais visitantes desta página, os meus votos dum santo Natal.
Copio uns versos que me encantam e contêm uma mensagem apropriada para o momento:

Ele vai chegar, o Príncipe da Paz!
Maranatá: vem, Senhor Jesus!
Vem, Senhor Jesus!

O Senhor virá e despertará todo o coração
E o mundo terá sempre a esperança de acolher a Salvação.
O Senhor trará a Sua bondade à Humanidade.
Vem, Senhor Jesus, visitar Teu Povo,
Que procura a Santidade.

sábado, 19 de dezembro de 2015

O Pe. Leopoldino e a Comissão Examinadora de 1944


Anuncia-se uma reflexão em Balasar sobre o Pe. Leopoldino Mateus, o pároco do tempo da idade adulta da Beata Alexandrina, enquadrada se não erro na comemoração dos 60 anos da sua saída da freguesia. Nós temos estudado o Pe. Leopoldino tão aprofundadamente como antes ninguém o tinha feito. Considerámos o longo período que precedeu a sua ida para Balasar, o seu papel de pároco, a sua relação com a Beata Alexandrina, a sua colaboração na imprensa poveira, o seu lugar como primeiro historiador da freguesia e o seu valor como literato.
O Pe. Leopoldino recebeu Balasar em grande agitação. Contaram-nos até que junto à residência do pároco anterior alguém chegou a colocar, de noite naturalmente, um alguidar e uma faca. Inversamente, ele entregou a freguesia num estado de grande serenidade, mas mais do que isso: a freguesia mostrou estar-lhe profundamente agradecida. É caso para dizer que ele cumpriu do modo mais positivo a sua missão.
Apesar disso, achamos que nem tudo correu bem. O Pe. Leopoldino, estamos em crer, tinha um defeito originado talvez duma virtude sua. 
Nos noticiários que, como muitos outros párocos, enviava para a imprensa, nunca tinha inimigos, só amigos. Mas quando ele chamava amigo ao Lino Ferreira, a gente fica de pé atrás.
No Processo Informativo Diocesano, o Dr. Azevedo informa que, nas reuniões dos sacerdotes que vinham confessar à freguesia, o Pe. Leopoldino nem sempre falava da Alexandrina do mesmo modo: “nas reuniões em que a maioria dos sacerdotes era pela Alexandrina, ele elogiava-a muito e, nas reuniões em que a maioria deles era contrária, divagava e omitia”.
Disseram-nos que o mesmo Pe. Leopoldino soube sempre dialogar quer com os que, como justamente ele, apoiavam o Estado Novo, quer com os que eram da oposição. Parece porém que esse modo de congraçar todos assentava em alguma falta de verticalidade…
Os Signoriles afirmam que, na decisão da comissão examinadora, “muito peso teve a influência exercida pelo pároco” (Figlia del Dolore Madre di Amore, página 318).
Isto tem certamente a ver com uma declaração do Dr. Azevedo (cuja fonte original de momento não temos à mão) em que ele assevera que o Pe. Leopoldino “foi o mais severo e o mais influente na decisão” da comissão de 1944.
Se foi assim, e não há razão para crer que não tenha sido, esta actuação do pároco de Balasar foi muito grave. Esperava-se que ele fosse objectivo e sereno, que marcasse um distanciamento claro, sem hesitações face aos detractores da Beata.
Esta posição do Pe. Leopoldino teve consequências duradouras e muito nocivas. Quando, no Processo Informativo, foi preciso declarar incompetente a comissão de 1944, tal pôs em causa a direcção recente da diocese. E, em nosso ver, as nefastas consequências disso ainda perduram na actualidade…
Todos sabemos que o Pe. Leopoldino publicou mais tarde artigos muito favoráveis à Alexandrina, mas nunca referiu o que se tinha passado uma dúzia de anos antes... Foi pena pois um sério esclarecimento seu teria ajudado muito.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"CONTO DO NATAL" PELO PE. LEOPOLDINO MATEUS (1)


Na imprensa da Póvoa de Varzim de entre 1934 e 1957 publicaram-se vários contos do Natal. Tratava-se dum título genérico: cada conto em particular poderia ter título próprio, e às vezes tinha.
Inclinamo-nos a crer que todos estes textos eram da autoria do Pe. Leopoldino, que só assinou um. Os outros ou saíram sem assinatura ou traziam no lugar dela uma ou duas iniciais ou um nome que poderia ser pseudónimo. Foram publicados sempre em jornais a que ele dava colaboração e são muitos os pontos de semelhança entre eles. É este o mais antigo.

Corria o ano de 190… A vida romântica tinha perturbado o bem-estar duma família de uma linda vila pela pequena frequência de banhistas, que tornaram a sua praia de parcos rendimentos. Aproxima-se o Natal, cuja festa de largas tradições devia ser triste porque em muitos lares reinava a miséria com todo o cortejo de horrores.
Numa escola de ensino primário andavam a aprender as primeiras letras duas crianças vizinhas, porque viviam perto, mas distanciadas, porque uma era rica e outra pobre.
Apesar da classe distinta, os dois condiscípulos amavam-se reciprocamente e estudavam a lição juntos porque ocupavam a mesma carteira. Algumas vezes o pobre vinha cheio de fome, a tiritar de frio e o rico passava-lhe um trigo para matar a fome.
Quando estava a chegar a Noite de Natal, a criança rica contava ao seu companheiro de estudo a alegria que nessa festa venturosa reinava na sua família com a vinda dos seus irmãos que frequentavam a Universidade, dos seus tios que estavam estabelecidos na cidade de Braga, dos seus primos que regressavam do colégio.
Era, enfim, um dia grande a que não faltariam variadas iguarias, doces muito finos e até os presentinhos do Menino Jesus descidos pela chaminé quando todos dormissem. - E na vossa casa o que há nessa linda noite de ventura e regozijo? - A criança pobre, ruborizando-se o rosto, fechando os olhos e deixando cair uma lágrima, nada respondeu. Mas o rico, logo compreendeu que na mansarda do seu amigo não se faria a Ceia de Natal, porque seus pais, pobres e humildes pescadores, nada tendo ganhado no mar pela invernia, nada podiam dar aos seus filhos!
Na noite do Natal, na casa do rico, tudo era alegria e movimento, os filhos que chegavam, os tios que abraçavam, os primos que cumprimentavam. Tudo era festa, tudo regozijo! Chegada a hora da ceia, todos se dirigem para a sala do jantar cuja mesa posta apresentava apetitosas iguarias. Lar cristão, depois de dar graças a Deus, todos começaram a sua refeição. Em todos os rostos se divisava a alegria, todos comiam com apetite. Só o mais novinho se conservava triste e abatido, sem comer nem beber. Os pais, notando-o, perguntaram-lhe a causa do seu mutismo e a criança nada respondeu. Depois de reiteradas instâncias, o menino, titubeando e lacrimoso, disse: - Em nossa casa tanta fartura e o filho do pescador não tem nada para comer, vai-se deitar sem ceia. - Que coração generoso! O pai, sentindo-o, mandou logo a criada chamar o pobre, sentou-o à beira do seu filho e logo entre os dois amigos se travou a mais animada conversa. Os dois meninos dormiram juntos aquela noite e de manhã, tocando a Missa do Galo na capela do Facho, antes de sair de casa, foram ver o lar e, lá encontrando as prendas, deram graças ao Menino Deus.
Dirigiram-se com a família para a igreja que estava feericamente iluminada, o povo crente enchia por completo o grande templo, o Padre Lindo começa a missa e ao entoar a Glória repicam os sinos, tocam as campainhas, ouvem-se os pandeiros e ferrinhos e levantado o pano aparece o Menino assistido de S. José e Nossa Senhora, bafejado pelo boi e pelo jumento e adorado pelos pastores.
Uma alegria geral se divisa em todos os rostos e finda a cerimónia religiosa com o beijar da imagem do Menino Jesus, saiu o povo do recinto sagrado e cá fora, dando as Boas Festas, regressaram a seus lares entoando os lindos cânticos que escutaram na igreja. Os dois pequeninos eram inseparáveis e comentavam a seu modo a festa e voltaram ao seu lar a receber as ofertas do Menino do Céu!
Esta amizade das criancinhas deu conhecimento à família rica da miséria do lar do pescador que ali recebeu a sua assistência e carinho, desaparecendo da sua mansarda a fome e a nudez. Desta forma, o Menino Deus mais uma vez trouxe à terra a paz, a alegria e a fraternidade.
Bendita seja a festa do Natal! K
A Propaganda, 23/12/1934

É claro que isto decorre na Póvoa, que o Facho é a Lapa, etc.: é o P.e Leopoldino que escreve.

domingo, 13 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (8a)

A Paixão revivida com movimentos

Entre 1838 e 1942, reviveu em êxtase a Paixão de Jesus com uma mímica tal que as poucas pessoas que no seu quarto assistiam entendiam perfeitamente a sucessão dos passos daquela dolorosíssima via-sacra. A sua crueza  escandalizou; mas constituía a garantia divina de que o pedido da Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria era de origem divina.
Depois continuará a reviver a Paixão, mas apenas intimamente, sem sinais exteriores.
A 20 de Janeiro de 1939, durante o êxtase, Jesus afirmou à Alexandrina que ela continuaria a reviver a Paixão daquele modo até o mundo ser consagrado à Mãe (Carta ao Pe. Mariano Pinho). No dia 27 de Março de 1942, sofreu pela última vez a Paixão na sua forma de participação física.
Na sexta-feira seguinte, 3 de Abril, Sexta-feira Santa, não voltou a sofrer a Paixão na referida forma, mas reviveu no seu íntimo as várias fases dela. No mesmo dia, Jesus diz-lhe:
- Não temas, minha filha, que não és mais crucificada. A crucifixão que tens é a mais dolorosa que se pode imaginar na história (SS, 3-4-1942[1]).
A Alexandrina numa das cenas da Paixão (pintura contemporânea).



[1] SS – Sentiments of the Soul, Alexandrina’s largest work, is a kind of diary.

sábado, 12 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (7c)

A Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria

Quando Churchill afirmou que antes da batalha de Alamein (no Egipto, em 1943) os Aliados não tiveram nenhuma vitória e depois de Alamein não tiveram nenhuma derrota, sem o imaginar, estava a comprovar a decisiva importância da Consagração para apressar o fim da Guerra Memorial.
Isso faz pensar que em Balasar devia ser construído um grande memorial que assinalasse a Consagração.

Citações
- Manda dizer ao teu director espiritual que, em prova do amor que dedicas à minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um Acto de Consagração do mundo inteiro... Assim como pedi a S. Margarida Maria para ser o mundo con­sagrado ao meu Divino Coração (Cartas ao Pe. Mariano Pinho 1/8/35).

- Minha filha, Eu escolhi-te para coisas mais subli­mes! Servi-me de ti para comunicar ao Papa o desejo que tenho que seja consagrado o mundo à minha Mãe Santíssima (Cartas ao Pe. Mariano Pinho, 1/11/37).
Papa Pio XII a proclamar a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria em 31 de Outubro de 1942.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (7b)

A Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria

Na vida da Alexandrina
Em 1936, começam as diligências para a Consagração.
Em 1938, inicia a vivência da Paixão com movimentos.
Em 1941, o Pe. Terças publicou um relato da vivência da Paixão que divulga o nome da Alexandrina no país, o que ela de modo nenhum desejava.
Em 1942, começa o jejum e anúria completos, que durarão até à morte; retiram-lhe o Director, Pe. Mariano Pinho.
Fragmento da primeira página do Diário do Minho publicado pela Diocese de Braga na véspera da Consagração. Em cima, à direita, fala das Aparições de Fátima, ao fundo e no cimo esquerdo dá notícias da Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (7a)

A Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria

Em 1935, Jesus pediu à Alexandrina a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, que só se efectuou sete anos depois, em 31 de Outubro de 1942, em plena guerra mundial.
Durante estes anos muita coisa aconteceu no mundo e também na vida da Alexandrina.

No Mundo
Em Portugal, vivia-se sob o regime autoritário de Salazar - que era melhor que o regime tirânico republicano que vigorara de 1910 a 1926.
Na Espanha já desde há anos decorria a carnificina republicana; e entre 1936 e 1939, viver-se-iam os horrores da guerra civil.
Na Itália, dominava o fascismo de Mussolini.
Na Alemanha, Hitler preparava-se para mergulhar o mundo na guerra mundial.
À frente da Rússia estava Estaline, uma das máximas aberrações políticas de todos os tempos.
Em 1939, iniciou-se a segunda guerra mundial, na qual os EUA participaram desde finais de 1941 (Pearl Harbour).
Revolucionários espanhóis fuzilam a imagem do Sagrado Coração de Jesus.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (6)

Na escola de Jesus

A Alexandrina passará 30 anos no leito, dentro das paredes do seu quarto.
A princípio ainda alimentou a esperança da cura, que pedia a Nossa Senhora de Fátima, aparecida na Cova de Iria dez anos antes; mas o que recebeu foi o amor ao sofrimento.
Jesus chama-a entretanto para a sua escola e ela descobriu que o mote orientador da sua vida iria ser: sofrer, amar, reparar.
Jesus convidou-a à crucifixão e ela aceitou a proposta sem hesitar, intrepidamente.
Jesus conduziu-a então aos mais elevados cumes da vida mística e fez-lhe as promessas mais sublimes para o seu papel no mundo e na Igreja.

Quotations
Foi em Setembro de 1934 que eu com­preendi que era a voz de Nosso Senhor e não uma exigência, como julgava. Foi então que Ele me pediu e falou assim:
- Dá-me as tuas mãos, que as quero crucificar; dá-me os teus pés, que os quero cravar comigo; dá-me a tua cabeça, que a quero trespassar com a lança, como Me trespassaram a Mim. Consagra-me todo o teu corpo; oferece-te toda a mim!.. Autobiografia

- Dá-me o teu sangue pelos pecados do mundo. Ajuda-me no meu resgate.
Sem Mim não podes nada; comigo terás poder para tudo, para acudires aos pecadores e a muitas, muitas coisas (Cartas ao Pe. Mariano Pinho: 3/1/35).











A Beata Alexandrina em 1935.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

HONRA E GLÓRIA AO SENHOR NOS ALTOS CÉUS!


Honra e glória ao Senhor nos altos Céus!
Chegou enfim o dia da minha alegria
E de todos os que são verdadeiramente devotos da querida Mãezinha!
Ó Virgem da Assunção, ó Mãezinha Imaculada,
Mais que os Anjos pura e bela!
Criou-Vos o Senhor tão pura, tão pura,
Com a sua mesma pureza,
Criou-Vos para serdes sua Mãe.
Oh, como és bela e imaculada,
Em Ti não há mancha de pecado!
Ó Céus, falai de mim,
Por mim aclamai à Mãe do Senhor e Mãe nossa,
A Rainha dos Céus e da Terra!

Mãezinha, sou tua, faz-me pura!

domingo, 6 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (5)

O Salto

No Sábado Santo de 1918, o dia em que a Alexandrina fazia 14 anos, Lino Ferreira, juntamente com dois emigrantes brasileiros vindos em visita à família, forçaram, com fins criminosos, a entrada da sala onde ela, a Deolinda e mais outra jovem se encontravam. Para se livrar deles, a Alexandrina saltou duma janela abaixo. Aquele salto heróico de três metros e meio afectou-lhe a coluna e veio a imobilizá-la na cama a partir de 1925, com 21 anos. 
A Alexandrina saltou da janela da sua casa identificada pela seta. 

sábado, 5 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (4)

Adolescência

Regressada a Balasar, a Alexandrina foi em breve viver para o lugar do Calvário, para um pequena casa que a mãe herdara. Tornou-se depois catequista e cantora na igreja; era muito activa na prática da caridade e dada à oração, sem perder as suas qualidades de menina brincalhona, ciosa do seu vigor físico.
Aos doze anos, trabalhou durante algum tempo em casa de um vizinho, o Lino Ferreira, que chegou a propor-lhe que se tornasse sua amante e foi para ela um carrasco. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (3)

Na Póvoa de Varzim

Aos seis anos, a mãe enviou a Alexandrina para a Póvoa de Varzim para estudar, onde já estudava a Deolinda. A menina não se aplicou, preferindo dar largas à brincadeira. Quando regressou, sabia pouco do que lhe quiseram ensinar.
Mas a sua passagem pela Póvoa mostrou-lhe a vida urbana duma pequena cidade – muito diferente da da sua freguesia rural –, deu-lhe a conhecer o mar e permitiu-lhe sentir o que era a Igreja sob a perseguição republicana.
As leis despóticas de Afonso Costa eram apoiadas sobretudo pelos sucessivos administradores, Dr. Pedro Campos, Prof. Tomás dos Santos e Santos Graça, e pelos jornais A Propaganda, O Intransigente e O Comércio da Póvoa de Varzim.
Nesta perseguição, o maçónico Santos Graça tem um lugar especial por ter ocupado o cargo mais tempo, por ter feito os arrolamentos dos bens das paróquias, por ter promovido o silenciamento do jornal O Poveiro e o exílio do prior local.
Além disso, sabendo muito bem que o Colégio do Sagrado Coração de Jesus não era das Doroteias, mas sim de uma delas, não as defendeu como era seu dever.
Foi neste período que a Alexandrina fez a Primeira Comunhão e o Crisma.
Altar-mor da Matriz da Póvoa de Varzim; foi frente a ale que a Alexandrina fez a sua Primeira Comunhão.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (2)


Infância

Na casa onde nasceu a pequena Alexandrina devia então haver uma grande família: avó, várias tias jovens, porventura algum tio que não tivesse ido para o Brasil e um ou outro pequeno primo, filho do tio Joaquim.
O pai de D. Ana chamou-se António José da Costa e o avô paterno Manuel José da Costa. A sua casa terá chegado a ser uma das abastadas do lugar.
O pai do António Xavier foi José Joaquim Gonçalves Xavier; era padeiro e nasceu em 1838; faleceu em 1905, em 19 de Julho, com 67 anos. Tinha feito testamento em 11 do mesmo mês e ano. Nele, as meninas da Maria Ana, ali de tão perto, não foram reconhecidas como netas pelo avô…
Alexandrina foi uma criança saudável, vigorosa, divertida, vaidosa, com gosto pelo trabalho e com sensibilidade poética para as belezas da criação. Passou a infância no campo, no seu lugar de Gresufes, recebendo uma educação profundamente cristã.

Ao tempo da sua infância foi construída a actual igreja paroquial (entre finais de 1907 e começos de 1910).
Alexandrina nasceu num frio dia de Março frente a esta lareira.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (1)


O nascimento

Os pais da Beata Alexandrina Maria da Costa foram Ana Maria da Costa e António Xavier. Eram vizinhos, mas solteiros. António Xavier emigrou para o Brasil e foi em duas sucessivas vindas que foram concebidas primeiro a Deolinda e depois a Alexandrina.
Quando Ana Maria da Costa engravidou da Alexandrina, ainda antes de a menina nascer, António Xavier cometeu a cobardia de casar com uma rapariga da Póvoa de Varzim.

Confrontada com esta situação, a jovem mãe assumiu-se como viúva e passou a cuidar unicamente do sustento e educação das filhas.
Foi depois uma mulher exemplar, empreendedora e de muita oração.

Muito há-de ter sofrido, mas Jesus prometeu à Alexandrina que levaria a mãe dela para o Céu sem passar pelo Purgatório.
D. Ana, a mãe da Beata Alexandrina.
Gresufes. A seta indica a casa onde a Beata Alexandrina nasceu.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

BEATA ALEXANDRINA (0)


Sabendo embora que há muitas biografias sobre a Beata Alexandrina, escrevi esta breve síntese com um fim específico. Baseei-a principalmente nas obras dos Signoriles.