Já sabíamos duas coisas sobre a igreja
paroquial onde a Beata Alexandrina foi baptizada, a sua localização bastante
exacta, por uma planta do cemitério, e a sua “medição”, feita
em 1830. Mas agora temos um dado novo.
Numa planta de 1905, da estrada que se
queria abrir entre a Santa Cruz e Vila Pouca, vem um pequeno desenho do adro,
com a respectiva igreja e com a localização da residência. A nitidez do desenho
na planta já não é grande e a da nossa cópia é naturalmente pior, mas ainda
assim permite perceber várias coisas.
Balasar é uma freguesia grande, que à
data tinha perto de mil habitantes, mas o adro e a igreja eram acanhados. Se
para as missas de preceito se poderia recorrer às capelas do Senhor da Cruz e
de Santa Luzia – era ali que se tinham de fazer os enterros. E não havia para
onde alargar.
Isto nota-se na capela-mor: tinha-se aproveitado
muito espaço e o resultado não podia ser brilhante. Visualmente, a igreja
estava desfigurada.
Na actual igreja paroquial há muitas
imagens que vieram do Matinho.
A
linha que envolve a igreja delimita o adro; a capela-mor ficava para poente. À
direita, para sul, estava a residência paroquial. De notar o traçado da nova estrada, que
é a actual. O cemitério acabado de construir em 1914 aproveitou o espaço da
igreja, do seu adro e da residência.
A modernização de Balasar começou em 1878, com a inauguração da estação das Fontainhas e o começo da abertura da estrada municipal do Cubo a Gresufes, quando era vereador José Domingues Furtado, da Gandra.
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