quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um surpreendente colóquio de Jesus com a Beata Alexandrina


— Vem, minha filha, louca de dor e amor, ao meu encontro. É dor que salva as almas, é loucura de amor por mim.
Se o mundo conhecesse esta vida de amor, esta união conjugal de Jesus com a alma virgem, com a alma que escolhe para sua esposa! Mas não conhece e porque não conhece, calunia-a, despreza-a, persegue-a.
Ó minha pomba bela, tu és esposa e és mãe, mãe que não deixa de ser virgem; és mãe dos pecadores: são filhos da tua dor, filhos do teu sangue que vais perdendo gota a gota, filhos do teu amor.
Minha filha, lá do Céu muitas vezes ouvirás da terra muitos pecadores chamarem-te, aclamarem-te pelo doce nome de mãe. Aclamar-te-ão aqueles que se virem livres das garras do demónio e conhecerem que foram livres por ti, aproximando-se assim do meu divino Coração.
Grande amor, ditosa dor que te levou a mereceres de Jesus tão honrosos e elevados títulos!
— Meu Jesus, meu Jesus, que envergonhada e confundida estou! Se eu pudesse ocultar tudo isto! Se fosse só para Vós e para mim! Confunde-me ouvir isto e ver a minha miséria!
— Já sabes que necessito da tua miséria para esconder em ti as minhas grandezas e omnipotência.
Escreve tudo, escreve, minha filha. Se o que te digo ficasse oculto, de nada valia ao mundo.
Mãe dos pecadores, nova redentora, salva-os, salva-os! És a nova redentora escolhida por Cristo.
Nunca houve nem voltará a haver no mundo sofrimento que se igual ao teu. Nunca houve nem voltará a haver vítima desta forma imolada, porque nunca houve tanta necessidade como hoje, nunca o mundo pecou assim.
Dezanove séculos são passados que Eu vim ao mundo e trouxe agora a nova redentora escolhida por mim para relembrar ao mundo o que Cristo sofreu, o que é a dor, o que é o amor e loucura pelas almas.
És a nova redentora que vens salvá-los, és a nova redentora que incendeias na humanidade o amor de Jesus. Nova redentora que serás falada enquanto o mundo for mundo.
Minha filha, livro onde estão escritas com dor e sangue, letras de oiro e pedras preciosas todas, todas as ciências divinas! Coragem, amada, não temas as tempestades, não temas o estrondo do trovão que traz consigo nuvem que orvalha graças, amor e maná celeste.
Enche-te, minha filha; é de amor e maná que vives. Enche-te para dares às almas.
— Obrigada, meu Jesus !

Sentimentos da Alma 1-12-1944 (sexta-feira)

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