terça-feira, 21 de junho de 2011

Quantos padres havia na Póvoa?


A Beata Alexandrina fala do seu respeito pelos sacerdotes, ao tempo em que estava no Póvoa. Tempo que era de perseguição à Igreja, não esqueçamos. Conta ela:

Ainda na Póvoa de Varzim, lembro-me que tinha muito respeito pelos sacerdotes. Quando estava sentada à porta da rua, só ou com a minha irmã e primas, levantava-me sempre à sua passagem, e eles correspondiam tirando o chapéu, se era de longe, ou dando-me a bênção se passavam junto de mim. Observei algumas vezes que várias pessoas reparavam nisto e eu gostava e até chegava a sentar-me propositadamente para ter ocasião de me levantar no momento em que passavam por mim, só para ter o gosto de mostrar a minha dedicação e respeito pelos ministros do Senhor.
Quantos padres havia na pequena Póvoa do tempo, que ainda era e continuaria a ser vila?
Em rigor não sabemos, mas sabemos quantos existiam alguns anos antes, em 1905. A variação em relação a 1911 devia ser mínima.
Em 1905, havia na pequena Póvoa 15 padres, tantos como devem existir hoje em todo o concelho. Temos até os nomes deles:
P.e Manuel Gonçalves Martins da Silva (Prior, pároco), Dr. Nicolau Rijo Micaleff Pace, Dr. Bento Sanetini Teixeira Guimarães, P.e Carlos Gouveia, P.e João de Almeida Nazaré (cremos que estes dois últimos eram jesuítas), P.e Joaquim José Moreira, P.e José Almeida da Costa Amorim, P.e José Martins Gonçalves da Silva, P.e Afonso dos Santos Soares, P.e Alexandrino António de Almeida Rainha, P.e Leopoldino Rodrigues Mateus, P.e Manuel da Silva Ferreira, P.e José da Costa Lino, P.e José Gonçalves Cascão de Araújo e P.e António Domingues Ferreira.
Havia padres na política, no ensino, no jornalismo, etc.
No resto do concelho, havia mais 26.
Em Balasar, além do pároco, o P.e Manuel Fernandes da Silva Campos, havia um de que nunca tínhamos ouvido falar, o Dr. Baltazar João Furtado.

Na imagem: o Abade de Nabais, P.e Manuel Ribeiro de Castro, uma notabilidade política do tempo.

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