Na
Autobiografia, a Alexandrina tem o
cuidado de pôr bem a claro os seus defeitos; mas nunca são grandes. Veja-se o
seguinte, que se manifestou na Póvoa:
Uma ocasião, a minha irmã pediu-lhe (patroa em cuja casa vivia na Rua da Junqueira) licença para ir estudar a casa de uma colega que morava perto, e eu também queria ir. Como não me deixasse, chorei e chamei-lhe poveira; estava zangada.
Bem caro lhe ficou o pouco ofensivo
insulto:
Não me castigou, mas disse-me que não podia confessar-me sem lhe pedir perdão. A minha irmã disse-me o mesmo. Isto fez-me muita repugnância e, como quisesse confessar-me e comungar, venci o meu orgulho. Pus-me de joelhos e, de mãos erguidas, pedi-lhe perdão.
Ela comoveu-se até às lágrimas e perdoou-me. Senti grande alegria por já poder, no dia seguinte, confessar-me e receber a Jesus.
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