Na Aguçadoura
Um dia a pequena Alexandrina foi enviada à
Aguçadoura a pedir para o culto de Nossa Senhora das Dores. O capelão desta
capela era então o dinâmico e culto P.e José Cascão, cuja rica biblioteca – “talvez
a primeira biblioteca particular da Póvoa”, no dizer do seu condiscípulo P.e
Leopoldino Mateus – se encontra actualmente no Centro Paroquial Monsenhor Pires Quesado[1].
Veja-se a "má ideia" que a Alexandrina teve - e a determinação que ela tinha:
Veja-se a "má ideia" que a Alexandrina teve - e a determinação que ela tinha:
O
capelão de Nossa Senhora das Dores lembrou-se de organizar várias comissões de
meninas, para arranjar meios para o culto da mesma capela. Essas comissões
espalharam-se pelas freguesias vizinhas da Póvoa de Varzim. Eu fui para a
Aguçadoura. Aceitávamos tudo o que nos dessem, como batatas, cebolas, etc... Por
mais que pedíssemos, pouco arranjámos e tivemos a má ideia de saltar a um
campo e tirar batatas, cerca 2
kg . Fui eu uma das que fiz tal acção, enquanto as outras
vigiavam. Entregámos as ofertas, não contando nada do que se tinha passado.
Na altura a actual Vila da
Aguçadoura ainda não era paróquia (pertencia a Nabais).
Imagem: Igreja da Aguçadora.
[1] A
Alexandrina pertenceu às Filhas de Maria; esta associação tinha um núcleo na
Senhora das Dores, que o mesmo P.e José Cascão aí estabeleceu e dirigiu durante
largo período. Mas ela inscreveu-se por Cavalões.
Pertenceu também ao
Apostolado dos Doentes, que nascera da iniciativa do médico Abílio Garcia de
Carvalho (que lhe prestou alguma assistência) e cuja sede era em S. José de Ribamar. O
padre Manuel da Costa Gomes, que esteve à frente da paróquia de S. José de
Ribamar e que dinamizou a construção da igreja paroquial, teve uma vez, ao
tempo em que era arcipreste, uma intervenção muito positiva a favor da
Alexandrina.
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