O Crisma
D.
António Barbosa Leão, que crismou a Alexandrina, era ao tempo bispo do Algarve,
donde fora expulso em 6 de Janeiro. Mais tarde, seria bispo de Porto. Como ele,
muitos bispos residiam fora das suas dioceses, como castigo de não aceitarem a
imposição governamental das Cultuais.
Foi
em Vila do Conde onde recebi o Sacramento da Confirmação, ministrada pelo
Exmo. Rev. Sr. Bispo do Porto. Lembro-me muito bem desta cerimónia e recebi-a
com toda a consolação.
No
momento em que fui crismada, não sei o que senti em mim; pareceu-me ser uma
graça sobrenatural, que me transformou e me uniu cada vez mais a Nosso Senhor.
Sobre isto, queria exprimir-me melhor, mas não sei[1].
Na imagem, D. António Barbosa Leão.
Na imagem, D. António Barbosa Leão.
[1] É
comum a Alexandrina reconhecer as limitações da sua expressão, mesmo sabendo
dizer tantas coisas.
O arcebispo de Braga, D.
Manuel Baptista da Cunha, viveu parte do seu exílio em Vila do Conde (19 de
Dezembro de 1912 a
13 de Maio de 1913), onde faleceu de morte natural.
Era então pároco da Vila o
ilustradíssimo Monsenhor José Augusto Ferreira.
Não é impossível que na mesma ocasião em que a
Alexandrina foi crismada o fosse também o futuro José Régio.
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