Era
de esperar que o Mensageiro desse grande realce a S. Margarida Maria Alacoque e ao seu
director espiritual, o P.e Cláudio de la Colombiére: com estes é que tinha
nascido a devoção da Sagrado Coração.
Em
1929, o P.e Cláudio de la Colombiére foi beatificado e o Mensageiro naturalmente exultou: durante anos (até ao fim de 1932
pelo menos), manteve uma secção sob o título de “Amigos do Sagrado Coração” onde foram
publicadas principalmente as biografias do novo beato e da sua dirigida.
Que
relação pode ter isto com a Beata Alexandrina?
A
secção dos “Amigos do Sagrado Coração” abria com um arranjo pictórico e floral onde
se enquadrava, entre outras coisas, o lema “sofrer, calar, amar”. Ora é difícil não estabelecer alguma
relação entre este e o convite que a Alexandrina ouviu, repetidas vezes, pelos
anos de 1931-1922, a “sofrer, amar, reparar”.
Quando,
em 30 de Julho de 1935, Jesus lhe pede que diligencie para que o
mundo seja consagrado a Sua Mãe, evoca S. Margarida.
Assim
como pedi a Santa Margarida Maria
para ser o mundo consagrado ao meu Divino Coração, assim o peço a ti para que
seja consagrado a Ela ( à Sua Mãe) com uma festa solene.
S.
Margarida não era uma santa popular. O P.e Pinho tinha adquirido uma
imagem dela para a Basílica (ainda muito incompleta) do Sagrado Coração de
Jesus e havia outra imagem em Bagunte. Mas não haveria mais nas redondezas.
Não
é por isso de modo nenhum de excluir que a Alexandrina conhecesse o nome da
santa e algo da sua vida pelo Mensageiro, ainda que
indirectamente, isto é, não propriamente por o ler, mas por ouvir falar sobre
ele ao tempo da beatificação do hoje S. Cláudio la Colombière.
Imagens:
Em cima, Beato la Colombière segundo imagem publicada no Mensageiro.
A meio, fragmento duma página do Mensageiro onde se pode ver o lema "sofrer, calar amar".
A meio, fragmento duma página do Mensageiro onde se pode ver o lema "sofrer, calar amar".
Em baixo, conjunto escultórico da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, na Póvoa de Varzim, que representa uma aparição do Sagrado Coração a S. Margarida Maria Alacoque.
"não propriamente por o ler". Claro que não. Saberia lá Alexandrina ler...
ResponderEliminarÓ Jaime, a Alexandrina sabia muito bem ler e até escrevia razoavelmente!
EliminarJ.F.