Os ensinamentos de Jesus sobre a Eucaristia que se podem ler na obra da Beata Alexandrina não podiam ser menos que sublimes. Pretendemos dar aqui uma amostra deles. Começamos por este excerto por falar do calvário, tema da nossa última mensagem.
À sombra da cruz, à sombra
deste calvário, as almas, as almas encontram abrigo, encontram lugar de
salvação.
Minha filha, minha filha,
Jesus está aqui tal e qual como no Céu, tal e qual como na Eucaristia.
Estou aqui, sim, estou aqui
para fazer desta sombra um maná vivificante, um maná que vive para o Céu, para
Deus.
Eu quero, minha filha, sim,
Eu quero fazer de ti a minha vida, a minha vida completa.
Eu quero que sejas das almas,
que vivas para as almas.
Eu quero que as almas ao
abrigo deste calvário se alimentem deste maná celeste, se cubram com esta
sombra de salvação.
Vives de Mim e para Mim.
Eu quero que as almas vivam
de ti, para por ti virem a Mim.
O que as almas recebem, de
Mim o recebem. Tu és o canal das graças e da vida de Jesus. Tu és o porta-voz
dos desejos de Jesus.
Eu quero que as almas venham
sequiosas à Eucaristia.
É por ti, por este calvário
que elas vêm.
Eu quero, Eu quero almas,
muitas almas eucarísticas.
Eu quero almas, muitas almas
a rodearem os sacrários, a voarem para Mim como as andorinhas em bando a voar
para os seus ninhos.
Vive, vive, florinha
eucarística, vive a minha vida, tu que vives do meu Corpo e do meu Sangue, tu
que continuas a minha obra redentora, a minha obra de salvação.
Que pena, que pena, minha
filha, o meu Coração sofre a indiferença de tantos, tantos corações!
O meu divino Coração sofre a
insensibilidade dos homens.
Na hora presente, na hora
gravíssima que passa a humanidade, pus neste calvário um meio de salvação.
Dei aos homens este calvário
como prova do meu infinito amor.
Sofro porque não se
aproveitam dele todos quantos o meu Divino Coração deseja. Sofro porque não
correspondem a tão grande graça e prova de amor do meu Divino Coração.
Sentimentos da Alma, 16
de Janeiro de 1953
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