domingo, 16 de setembro de 2012

Trajes e usos do tempo dos avós da mãe da Beata Alexandrina


Numa casa particular de Balasar conserva-se um álbum com fotografias das décadas de 1870 e 1880. Não é contudo um álbum particularmente balasarense, rural: não está lá a jovem lavradeira, o carro de bois, a casa agrícola, as actividades da lavoura. Ao contrário, trata-se de retratos quase sempre individuais e de estúdio, de meio urbano, talvez daqueles balasarenses que, singrando, deixaram para trás o ambiente em que se criaram.
Há nele também uma forte componente da emigração para o Brasil; lembra os tempos do realismo e de Eça de Queirós em particular.
Mas paga a pena ver como vestiam as mulheres e os homens e como eles cuidavam do seu cabelo e barba.







As duas senhoras ao cimo devem ser lisboetas, talvez idas de Balasar com maridos brasileiros (que enormes vestidos!)
A terceira, essa estaria mais presa à terra natal, mesmo aparentando ar mais moderno. 
O primeiro rapaz poderia ser então estudante do secundário: apostou no cabelo enquanto aguardava a barba.
O segundo, que deve figurar também na fotografia seguinte, parece ter-se dado ao comércio (reparar nos cabelos e arranjo da barba).
Por fim, um padre que presumimos que era natural de Balasar e se deu ao ensino primário.

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