sexta-feira, 10 de maio de 2013

Obras na Igreja Paroquial?


O P.e Domingos José de Abreu é importante na história da Santa Cruz e na de Balasar: foi ele que esteve à frente da paróquia durante todo o período do cisma, de 1834 a 1841.
O último documento que aqui colocámos e o que agora se coloca não respondem à pergunta fundamental: em que medida foi ele um cismático? Mas deixam ver que havia desentendimentos na paróquia e que as autoridades municipais o protegiam. Mais do que isso não é legítimo deduzir.
O P.e Domingos da Soledade Silos disse do P.e Domingos José de Abreu que a sua política era a do catavento. Mas não agradar ao P.e Domingos da Soledade Silos resulta em elogio, mau é quando ele louva alguém.
O documento seguinte é uma comunicação do administrador do concelho António José dos Santos, um balasarense adoptivo, como já se sabe. O resto percebe-se.
Ilustríssimo Sr. Presidente e membros da Junta de Paróquia de Balasar
Transmito a V. Senhorias, por cópia, o ofício do Rev. Pároco dessa freguesia em que pede providências acerca do estado em que se acha a igreja e casa de residência para que V. Senhorias, sem perda de tempo, mandem fazer os reparos de que precisam os nomeados edifícios, por isso que é da competência de V. Senhorias, segundo o disposto na carta de lei de 20 de Junho do corrente ano, artigos 15 e 16, poupando-me o desgosto de que, não cumprindo, levar ao conhecimento da autoridade superior a omissão e desmazelo que tem havido da parte de V. Senhorias a semelhante respeito.
Deus guarde a V. Senhorias. Póvoa de Varzim, 6 de Novembro de 1839.
A ameaça à Junta da terra onde o administrador vive e tem netos é um bocado descarada.

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