O P.e
Leopoldino transcreve um excerto duma acta da Junta de Paróquia de Balasar com
data de 4 de Maio de 1837. Esta Junta era a primeira da freguesia e devia ter
sido eleita apenas alguns dias antes. Que pressa tinham de incomodar o
benemérito Custódio José da Costa! Deliberaram eles:
… sendo do seu dever tomar conta do
rendimento de uma capela desta freguesia no lugar do Calvário e intitulada do Senhor
da Cruz, que administrava o Custódio José da Costa da mesma freguesia;
nomeamos para tesoureiro da mesma capela Custódio José da Costa para este dar contas
a esta Junta no prazo de oito dias, com pena de pagar a multa que a lei lhe
determinar, e não dispor de rendimentos alguns sem ordem desta Junta, assim
como de missas e outros mais rendimentos que devem ser ditas na mesma capela.
A
pressa deles era pelo dinheiro. Mas pelos vistos tiveram de esperar meio ano, como
informa o mesmo P.e Leopoldino:
Aquela entidade tomou contas ao
administrador da capela em sessão de 21 de Janeiro do ano seguinte e neste
mesmo acto nomeou uma comissão para servir o Senhor da Cruz, constituída por
dois administradores, dois zeladores e um escrivão. O escrivão era Manuel
Fernandes da Silva Campos.
Que será
feito deste livro das actas? O P.e Leopoldino, se calhar, levou-o para a Póvoa
e não o devolveu mais… Como seria útil para conhecermos o ambiente do tempo, de
quando incorria em crime de cisma quem quisesse ser obediente à autoridade religiosa legítima, isto é, reconhecida
pela Santa Sé!
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