O P.e Leopoldino Mateus foi um grande
pároco de Balasar. Conjuntamente com isso, foi pregador de alguma nomeada e sobretudo
jornalista.
Foi ainda pioneiro do estudo da história
da freguesia. Mas o P.e Leopoldino não dedicava grande tempo à investigação,
como se deduz dos seus escritos históricos.
De facto, propalou alguns erros sobre a
história de Balasar. O mais evidente deles foi o de afirmar que o padroeiro de
Gresufes era S. Adrião, quando, sem margem para dúvida, era S. Salvador. Se
fosse S. Adrião, isso tinha de constar no Censual do Bispo D. Pedro e não está
lá. E que era S. Salvador atestam-no as Inquirições de 1258 e de 1343, o tombo
da freguesia de 1542 e vários outros documentos citados em O Bispo D. Pedro e a Organização da Arquidiocese de Braga.
Afirmou também o P.e Leopoldino que
houve uma igreja paroquial no Casal. Estamos hoje em crer que de facto não
houve. Parece que devia ter sido erguida aí, nesse populoso e central lugar, mas
com certeza não foi.
O que deve estar na origem da ideia da
existência desta igreja serão porventura umas propriedades que a paróquia aí
possuiu e que até se terão chamado passal. Mas tais propriedades devem ter sido aquelas
com que António da Costa Soares dotou a capela de Nossa Senhora da Piedade.
O facto é que em 1542 a igreja paroquial
estava no Matinho e não se dá nenhuma indicação de que fosse construção
recente. E a paróquia possuía aí largos haveres. E nos muitos documentos contidos
no dossiê da construção da capela de nossa Senhora da Piedade não há qualquer
alusão à antiga igreja paroquial.
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