quarta-feira, 20 de junho de 2012

Relíquias (9)


Um crucifixo da Alexandrina

Há cerca de uns 15 dias, durante a noite, um crucifixo que tenho pendurado no muro na parede ao lado apareceu-me na cama ao pé de mim: fiquei maravilhada, mas foi coisa dum momento, que depois esqueci; não disse nada sobre isso.
Desde há anos costumava ter ao meu lado e sobretudo de noite entre os meus braços um crucifixo. Tendo recebido um de presente (do P.e Pinho), fiz retirar o que tinha e fiquei com o novo comigo.
Alguns meses depois, dei-o eu e pedi para me devolverem o que tinha mandado retirar. Esqueceram-se de mo dar e eu fiquei sem ele alguns dias, não por meu esquecimento, mas para não importunar os meus.
Foi neste período que apareceu ao meu lado o crucifixo que estava pendurado na parece.
Na noite de segunda para terça, o crucifixo da parede reapareceu-me sobre o peito, entre os braços, sob as mantas, como se fosse posto ali. Fiquei impressionada: parecia-me sonhar. Falei disso com toda a naturalidade, mas sem fazer menção nos escritos. Fui depois obrigada (pelo Dr. Azevedo) a descrever o acontecido e, para maior tormento, a pedir a Jesus o significado. Fá-lo-ei com verdadeira repugnância: é a minha cruz. Jesus me perdoe: eis a minha virtude: quanto estou longe da perfeição! (…)
- Ó Jesus, aceita o meu sacrifício: queira-o ou não, devo obedecer e perguntar-Te o significado da vinda da tua imagem crucificada sobre o meu peito.
Jesus sorriu docemente…
- Quero que me fales sem temor e com toda a simplicidade… O motivo que Me levou a desprender-me do muro e a vir a ti é muito simples: o crucifixo deve estar sempre unido à crucificada.
Sentimentos da Alma, 16/6/1950 

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