B. Nos Sentimentos da Alma (cont.)
4 de Novembro de 1950 (1º sábado)
Neste colóquio de primeiro sábado, repare-se que, como é hábito, são ditas palavras de consolação e incentivo também para o P.e Pinho e para o Dr. Azevedo. O P.e Humberto (que esteve em Roma na proclamaçãpo do dogma da Assunção) ordenou à Alexandrina que não registasse as que lhe eram dirigidas.
Muito interessantes as palavras de Nossa Senhora sobre a sua Assunção e sobre os Missionários do Espírito Santo.
Note-se o tom poético das palavras de Jesus e de sua Mãe.
Estava em agonia a minha alma, nesta agonia que leva à morte. Ofereci-a ao meu Jesus e à querida Mãezinha pelo fruto da nossa missão.
Com o coração trespassado de espinhos e alanceado de dor pungente, esperei a vinda do meu Jesus. Ele veio e foi para mim bálsamo e força. Logo que baixou ao meu coração, disse-me:
- Minha filha, minha filha, são doces as iguarias que Me dás na terra, neste palácio.
Minha filha, minha filha, ditoso Calvário, ditosa terra, grande vítima, grande reparação, grande união, grande amor.
Minha filha, estou contente, estou contigo, venço no teu Calvário.
Satanás é calcado sob os teus sofrimentos, como foi calcado sob os pés da Minha Bendita Mãe.
Alegra-te, minha filha, está contente. A seara é grande e grande é a colheita.
- Assim seja, assim seja, meu Amor.
- Diz, minha filha, ao teu Paizinho, àquele que Eu escolhi desde toda a eternidade para ser teu guia, teu companheiro, tua luz no Paraíso… diz-lhe que quero que seja desde já para ele o ano do regresso, do voo ao seu ninho, à sua Pátria.
- Ó Jesus, Vós sois o Senhor. Movei os corações, mas quero, meu Jesus, para vossa honra e glória, não para mim, que se realize, que se cumpra a vossa divina vontade.
- Eu quero, Eu quero, ó filha minha, que ele venha, que seja apressada a hora; não quero que os homens contrariem mais os meus desígnios divinos.
Dá-lhe a abundância do meu Amor, o meu Coração infinito.
Diz ao teu médico que não descanse. Eu quero que se apresse a minha vontade de hoje, que foi a minha vontade de sempre. Eu quero dar-te o Paraíso, porque lá a tua missão continua. Quero e não posso.
Dá ao teu médico a chuva de amor, a chuva de graças para o seu jardim florido.
Vem, minha Bendita Mãe, vem à terra, baixa a esta esposa, vem confortá-la na sua dor, vem dar-lhe os teus carinhos, vem enchê-la, prepará-la para mais luta, para mais dor.
- Vejo-Te descer, Mãezinha, com certeza como subiste.
- Minha filha, esposa do meu Jesus, Eu deveria aparecer-te como Mãe das Dores ao ver as ofensas feitas ao Coração divino de Jesus e ao meu Coração, mas, olhando à glória e à honra que Me foi dada, venho como Virgem da Assunção, do dia da subida ao Céu. Subi com os Anjos, desci com os Anjos. Eles levaram-Me pelos vestidos e pelos vestidos Me trouxeram. Trouxeram-Me como pombas brancas e trouxeram-Me como se tivessem seus biquinhos.
Alegra-te, conforta-te.
Eu contigo e tu comigo, será dada ao Eterno Pai a honra e a reparação que exige a sua justiça. Eu contigo e tu comigo, será dada ao mundo a graça do perdão.
Alegra-te, minha filha: com os teus sofrimentos e cicatrizada a ferida do meu e teu Jesus, a ferida do seu divino Coração e a ferida do meu Santíssimo Coração.
- Ó Mãezinha, são doces as vossa as palavras, doce o vosso carinho.
Ó Jesus, ó Mãezinha, estou mais forte. Como são ternos os vossos carinhos. São eles o conforto do meu coração e da minha alma.
- Minha filha, di-lo, em nome de Jesus e Maria, aos teus Missionários que trabalhem por esta causa, que é tão nossa, tanto do nosso agrado, tão gloriosa para o mundo e para o Céu. Dá-lhes a nossa graça, dá-lhes o nosso amor. Dá-o aos que amas, aos que te são queridos, dá-o aos que te rodeiam, dá-o ao mundo inteiro.
Vai em paz, leva o conforto de Jesus e de Maria.
- Obrigada, obrigada. Queria subir convosco, Mãezinha, agarrada ao teu manto.
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