O livro a que nos referimos é italiano e
tem um título poético, Una Lacrima Succhiata
dal Sole, “Uma lágrima sugada pelo Sol”. Como seu autor, figura na capa
Chiaffredo Signorile, um cooperador salesiano grande estudioso da Beata
Alexandrina. Mas ele é autor e também tema.
Mas não se trata duma autobiografia propriamente
dita, embora naturalmente se apresentem muitas informações biográficas. Foi
preparado pela sua esposa, a D. Eugénia, e fala dos últimos dez anos da vida do marido,
do período em que ele foi afectado pela doença de Alzheimer. Tem mesmo como
subtítulo “um caso de Alzheimer”.
É um livro do casal, dum casal apaixonado
e ferido pela dor. É um poema de amor e de vivência cristã. Divide-se em duas
partes: Sombras e Luz. As sombras nascem das moléstias de Chiaffredo, que chega
mesmo a tornar-se violento. A luz é a da fé que ilumina o casal, que lhe dá a
certeza de que o discípulo de Cristo também participa dos seus sofrimentos.
Chiaffredo Signorile, que tanto se
dedicara à Beata Alexandrina, morreu, como ela, no dia 13 de Outubro, no ano de
1999.
Breve excerto biográfico
do livro:
No verão seguinte (1965) voltam a Balasar, onde o padre Humberto Pasquale (segundo director espiritual Alexandrina) está a trabalhar incansavelmente para preparar o processo diocesano de beatificação.
Há uma reunião agradável com Chiaffreddo, a quem o padre Humberto pediu para colaborar no trabalho de divulgar as mensagens de Alexandrina. Com grande paixão o casal começa a estudar português para, em seguida, traduzir para italiano vários de seus escritos. Ardendo na mesma chama de amor - que os une ainda mais - os dois cônjuges lançam-se de "corpo e alma" neste empreendimento. Juntos, estudam, juntos seleccionam, e depois ele dita e ela escreve à máquina; corrigem provas ...
Todas as suas capacidades e energias, inclusive económicas, são jogados naquela fornalha que os inflama mais e mais.
Compreendem também porque lhes foi negada a graça (tão desejada) de ter filhos: tinham sido escolhidos para essa única missão.Imagens: ao cimo, capa do livro aqui mencionado; aqui ao lado, o casal Signorile numa fotografia que cremos que foi tirada no Sameiro em 1965 ou 1966.
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