Tradicionalmente escreveu-se Balazar, com z, hoje sabe-se que se deve escrever Balasar, com s, pois na remota origem da palavra está
o étimo grego Belisarios.
Mas houve alguma vez em Balasar um homem
com este nome ou com o nome na sua forma latinizada Belisarius? Com certeza não, o que houve foi um homem chamado
Belsar (ler-se-ia Belzar). Se Belsar
tivesse alguma vez feito compras ou vendas de propriedades, e é capaz de ter
feito, no latim tabeliónico, obrigatório nos documentos, alatinavam-lhe o nome
para Belisarius, mas ele continuava a
ser o Sr. Belsar.
Os documentos antigos escreveram o nome da freguesia de
muitas formas: a mais próxima da origem foi Belesar,
mas ao seu lado ocorria já Balasar. Não
sabemos por que caminhos, a forma que vingou foi esta última.
Quando terá vivido Belsar? Com certeza
em fins do século XII e princípios do XIII. A igreja de Santa Eulália de Belsar
deve ter ficado pronta em 1215 e foi com certeza ele que promoveu a sua construção.
Como se chega a esta data? Há um
documento de 1215 que fala duns moinhos em Guardes e que, a terminar, informa que o
emprazamento deles foi feito no ano em que a igreja foi concluída – pressupõe-se
que era a de Balasar, ou antes, de Belsar.
E onde viveu Belsar? Ignoramos. A igreja construída foi a do Matinho.
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