A Beata Alexandrina foi baptizada na
Igreja do Matinho, a que precedeu a actual e que ficava na parte nascente do
cemitério paroquial. Como os materiais dessa igreja foram aproveitados na nova construção,
dela conservam-se apenas imagens e alguma informação escrita.
Nos anos iniciais do século XVIII, a
capela-mor da Igreja do Matinho estava arruinada e os balasarenses pressionaram
o comendador a restaurá-la, como era sua obrigação. De facto, foi inteiramente
refeita.
Em princípios de 1736, “os moradores da
freguesia de Santa Eulália de Balasar” requereram a Braga licença para o pároco
benzer a nova capela-mor. Não se pode garantir a transcrição fiel da totalidade das palavras do
pedido pois a cópia que dele se conserva no arquivo distrital é de leitura muito
difícil, mas foi mais ou menos nestes termos que eles se dirigiram à
autoridade eclesiástica:
Ilustríssimo Senhor
Dizem os moradores da freguesia de Santa
Eulália de Balasar, termo de Barcelos, Arcebispado Primaz, que arruinando-se a capela-mor
da sua igreja e freguesia e para haver de se reparar foi necessário erigi-la sendo
de novo feita e acabada e juntamente (?), telhada e caiada, com seu altar feito
e tribuna benzida, capaz para nela se poder celebrar o Santo Sacrifício da
Missa, pelo que pede a Vossa Ilustríssima seja servido conceder-lhe licença
para se benzer e dizer nela e celebrar o Santo Sacrifício da Missa.
A licença veio só dois anos depois. E
deve ter sido ainda alguns anos mais tarde que a paróquia decidiu refazer
também o corpo da igreja, que de três naves passou então a uma só.
A imagem da padroeira ao cimo foi pintada de novo em tempo recente e profundamente desfigurada face ao que aqui se vê. Deve ter vindo da Igreja do Matinho.
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