terça-feira, 1 de setembro de 2015

O caderninho da Felismina Martins (1)

A Felismina Martins ofereceu-nos um dia uma preciosidade que possuía: um caderninho de formato pequeno (12,5×9,2 cm), de vinte e quatro páginas e com uma capinha preta mais rija que as folhas do interior.
Abre com esta frase: “Este livro pertence a Felismina dos Santos Martins”; e no começo da última página vem esta anotação: “Dia em que entrei no noviciado, 17 de Julho de 1939”.
A sua pretensão a ser doroteia vem do tempo do Pe. Mariano Pinho e do tempo em que a Beata Alexandrina revivia a Paixão visivelmente. Parece-me que o caderninho reflecte esse contexto.
Ela não o foi aceite para doroteia porque acharam que tinha pouca saúde; avaliação muito errada já que ela passou dos 100 anos...
Ao caderninho parecem faltar algumas folhas. As primeiras que se conservam estão em branco, mas há umas quinze páginas escritas, que recolhem pequenos excertos de êxtases da Alexandrina.
Não deve haver lá nada que o Pe. Humberto não tivesse recolhido, mas ainda assim vamos colocar aqui tudo o que lá se encontra.

Quem criou o amor foi o Amor

Este é o fragmento mais antigo, de 8 de Novembro de 1940, e encontra-se numa folha despegada. 
O amor de Jesus consome o coração das suas esposas.
Quem muito sofre muito ama.
Quem muito ama muita consolação dá a Jesus.
Quem muito sofre muito desagrava e repara.
O sofrimento dá a vida, salva os pecadores.
Jesus quer salvá-los e eles só buscam a perdição.
Jesus quer deles receber amor e só recebe ingratidão.
Vinde, ó almas-vítimas, sofrer sem descansar para sem descansar amar!
Quem criou o amor foi o Amor.

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