A Beata Alexandrina escreveu na
Autobiografia:
Até me recordo do primeiro cântico que
entoei na igreja, que foi “Virgem pura, tua ternura”, etc.
Mas nem todos conhecem esses versos e a
sua música. Como os encontrámos num antigo livro, aqui os pomos à disposição dos
leitores.
Virgem pura, tua ternura
É de alívio ao meu penar.
Noite e dia, de Maria
A beleza hei-de cantar.
É donzela toda bela,
A mais santa em seu primor,
Desde a hora em que ela fora
Concebida ao Criador.
Foi criada, abençoada,
Sem pecado e escravidão;
Foi querida, do Céu enchida
De mil graças de bênção.
Da inimiga serpe antiga
A cabeça ela pisou:
Foi sua glória, sua vitória
Que seu Filho lhe alcançou.
Do divino seu Menino
Toda a graça Ela nos dá:
Mãe piedosa, carinhosa,
Nos olhando sempre está.
Aos pedidos dos queridos
Abre o terno coração;
Aos pedidos dos afligidos
Ela é toda compaixão.
Aos errantes navegantes
Ela acode no alto mar;
Pecadores, nos terrores,
Ela ensina-nos a esperar.
Sobre a cama, onde a chama,
A voz perto de morrer,
Abre o manto e por encanto
Muda as dores em prazer.
Quando a lida desta vida
For connosco a terminar,
Mãe piedosa, poderosa,
Vem teus filhos amparar!
Saúde certa, porta aberta
Para o reino do Senhor,
Virgem pia, nossa guia,
Serás sempre nosso amor!
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