No número de Julho e
Agosto de 1929, o Mensageiro Eucarístico,
que o P.e Abílio
Gomes Correia fundara e dirigia, saiu um resumo da intervenção do P.e
Mariano Pinho no III Congresso Eucarístico Arquidiocesano de Viana do Castelo, em
1929. O P.e Pinho chegara em fins do ano anterior do seu exílio imposto pela
República.
O tema desenvolvido foi
“A Comunhão frequente e as Vocações”. Veja-se agora o resumo:
O Rev. P.e Mariano
Pinho, que a seguir usou da palavra, foi também obrigado a resumir o seu
trabalho, pelo que distribuiu uma separata do Mensageiro sobre a tese.
O trabalho deste orador
pode resumir-se no seguinte:
Introdução. Cristo na
Eucaristia e na Comunhão é a solução de todas as dificuldades de ordem
religiosa, moral e social. Daí a importância dos congressos eucarísticos: logo
ao tratar-se das vocações tínhamos necessariamente que estudar este problema à
luz da Eucaristia.
I.
A Comunhão frequente prepara o terreno
das vocações.
A. O
que é a vocação; breve apologia da mesma (palavra de Pio XI); Portugal e as
vocações religiosas.
B. A
vocação pressupõe inocência, grande amor a Jesus Cristo, grande generosidade em
amar a sua cruz.
C. A
Comunhão prepara as vocações: a) fazendo germinar a inocência e desembaraçando a
alma de todo o hábito de pecado mortal e venial (Decreto da Comunhão Frequente
III); b) desprendendo a pouco e pouco das coisas caducas; c) despertando grande
amor a Jesus e à sua Cruz.
II.
A Comunhão é o momento mais oportuno
para escutar e corresponder ao chamamento divino.
A. Pelos
desejos que desperta em nós de nos parecermos com Jesus.
B. Porque
a vocação é da parte de Deus a melhor prova de que nos ama.
C. Pelas
ânsias que sente a alma de pagar amor com amor.
Se não há vocações é porque
a vida eucarística não é o que deve ser.
III.
Organização prática da Comunhão frequente
em vista da vocação ou a Cruzada Eucarística das Crianças (CEC).
Necessidade de uma
conclusão bem prática neste assunto.
A Cruzada Eucarística: o que ela é, como
se organiza um CEC; transcendência da CEC não só no assunto das vocações, mas
para o ressurgimento do fervor nas paróquias, para salvaguardar a juventude dos
dois escolhos da irreligião e da imoralidade; a CEC, penhor seguro do ressurgimento
da Pátria, porque “qui a l’enfant a l’avenir” (quem tem a criança tem o futuro).
De reparar que temas
como o amor à Cruz, o valor da Eucaristia, etc., foram queridos da Beata
Alexandrina.
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