Completa-se este ano o centenário da
morte do reitor de Balasar que baptizou os pais da Beata Alexandrina, o padre
poeta António Martins de Faria. Homem simples, desapegado dos bens de fortuna,
sensível, piedoso, foi muito elogiado por altura do seu falecimento, que
aconteceu na Póvoa. Era então abade de Beiriz.
Um poeta poveiro evocou-o então assim:
À morte do digníssimo e muito respeitável Abade de BeirizPassou na terra sorrindoQual meteoro que passeiaNum céu diáfano, lindo...Preocupava-o a ideia- «Celestes graças haurindo» -De santamente ir servindo,Num gesto de amor infindo,O Mártir da Galileia.Não fraquejou um momentoNa sua missão sagrada...Nos seios do firmamento,Nos sorrisos d'alvorada,Ungiu-se, cobrou alentoE, no louvável intentoDum alado pensamento,Abalou para a jornada.Lutou, altivo, sereno,Sem desviar da estacada,Nem recear o venenoDa gente mal-humorada...Dum coração sem empeno,De trato afável, ameno,Honrou sempre o Nazareno,Foi uma alma ilustrada.
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