quinta-feira, 20 de junho de 2013

Regresso ao Lar

O livro Regresso ao Lar do P.e Mariano Pinho é um grosso volume de quase 600 páginas. Teve duas edições, uma em Portugal em 1944, poucos anos depois de o seu autor ter sido proibido de dirigir a Beata Alexandrina, e outra na Baía, no segundo ano do seu exílio no Brasil. O nosso exemplar, encadernado a capa dura, é da edição portuguesa, mas pertenceu a uma casa jesuíta do Brasil, a Casa de Retiros de São José, Beribe, Recife.
Já tentámos digitalizá-lo, mas ficámos pelas primeiras dezenas de páginas. Veja-se contudo este começo do prefácio onde se cita a mensagem de Pio XII quando fez a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria:
“Bendizei ao Deus do Céu e glorificai-o no conspecto de todos os viventes, porque Ele usou convosco das suas misericórdias”.
Com estas palavras, ditas outrora pelo anjo S. Rafael a Tobias, principia Sua Santidade Pio XII a mensagem dirigida à Nação portuguesa, no encerramento do jubileu de Fátima.

E afirmando que “o primeiro e maior dever do homem é a gratidão”, aponta-nos imediata­mente para a profusão intérmina dos benefícios outorgados a Portugal por Maria Santíssima: “Numa hora trágica de trevas e desvairamento, quando a nau do Estado Português, perdido o rumo das suas mais gloriosas tradições, desgar­rada pela tormenta anticristã e antinacional, parecia correr a seguro naufrágio, inconsciente dos perigos presentes, e mais inconsciente dos futuros — cuja gravidade aliás nenhuma prudên­cia humana, por clarividente que fosse, podia então prever — o Céu, que via uns e previa os outros, interveio piedoso, e das trevas brilhou a Portugal se desentranha em prodígios físicos e em maiores e mais numerosos prodígios de graças e conversões, e floresce, nessa primavera perfumada de vida católica, prometedora dos melhores frutos, hoje com bem mais razão devemos confessar que a Mãe de Deus vos acumulou de benefícios real­mente extraordinários; e a vós incumbe o sagrado dever de lhe renderdes infinitas graças”.

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