O livro Regresso ao Lar do P.e Mariano Pinho é um grosso
volume de quase 600 páginas. Teve duas edições, uma em Portugal em 1944, poucos
anos depois de o seu autor ter sido proibido de dirigir a Beata Alexandrina, e outra na
Baía, no segundo ano do seu exílio no Brasil. O nosso exemplar, encadernado a
capa dura, é da edição portuguesa, mas pertenceu a uma casa jesuíta do Brasil,
a Casa de Retiros de São José, Beribe, Recife.
Já tentámos digitalizá-lo, mas ficámos
pelas primeiras dezenas de páginas. Veja-se contudo este começo do prefácio
onde se cita a mensagem de Pio XII quando fez a Consagração do Mundo ao Imaculado
Coração de Maria:
“Bendizei ao Deus do Céu e glorificai-o
no conspecto de todos os viventes, porque Ele usou convosco das suas
misericórdias”.
Com estas palavras, ditas outrora pelo
anjo S. Rafael a Tobias, principia Sua Santidade Pio XII a mensagem dirigida à
Nação portuguesa, no encerramento do jubileu de Fátima.
E afirmando que “o primeiro e maior
dever do homem é a gratidão”, aponta-nos imediatamente para a profusão
intérmina dos benefícios outorgados a Portugal por Maria Santíssima: “Numa hora
trágica de trevas e desvairamento, quando a nau do Estado Português, perdido o
rumo das suas mais gloriosas tradições, desgarrada pela tormenta anticristã e antinacional,
parecia correr a seguro naufrágio, inconsciente dos perigos presentes, e mais
inconsciente dos futuros — cuja gravidade aliás nenhuma prudência humana, por
clarividente que fosse, podia então prever — o Céu, que via uns e previa os
outros, interveio piedoso, e das trevas brilhou a Portugal se desentranha em
prodígios físicos e em maiores e mais numerosos prodígios de graças e
conversões, e floresce, nessa primavera perfumada de vida católica, prometedora
dos melhores frutos, hoje com bem mais razão devemos confessar que a Mãe de
Deus vos acumulou de benefícios realmente extraordinários; e a vós incumbe o
sagrado dever de lhe renderdes infinitas graças”.
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