O P.e Mariano Pinho foi um santo:
sabemo-lo porque Jesus o disse. E naturalmente foi um grande jesuíta, activo,
entusiasta, imparável. Pregou muito, escreveu muito, ensinou, orientou revistas
da Companhia, criou outras. A direcção da Beata Alexandrina, que lhe chamava o
Paizinho, foi a sua realização mais alta.
A Carta
Magna da Acção Católica Portuguesa data de 1939, quando o país regressava
a uma autenticidade católica que a República quisera apagar.
Ouçamos o prefácio deste livro, que o
autor intitula “Antes de começar”:
Ficará indelevelmente
vincado na história da Igreja em Portugal o ano de 1934.
Os Venerandos
Prelados Portugueses, na clara compreensão da hora que passa, à voz do Santo
Padre Pio XI, que “é a luz, a alegria, a glória da Igreja cristã”, estabeleceram
nessa data memorável as bases sobre que devia erguer-se o grande edifício da
Acção Católica.
Eram as linhas
gerais a ordenar autenticamente a rota que deve seguir, por esse Portugal além,
a Nova Cruzada.
Sua Santidade
Pio XI, em Carta dirigida ao Eminentíssimo Cardeal Patriarca de Lisboa,
manifestou-se regozijado ao ver essas linhas gerais e aprova-as e abençoa-as.
A Carta
pontifícia, como dizia Sua Eminência, nas palavras com que acompanhava a sua publicação,
é um “notabilíssimo documento com que o Vigário de Cristo quis aprovar,
orientar, abençoar os trabalhos de lançamento da nova Cruzada por Cristo e a
sua Igreja, que é a Acção Católica… Documento que todo o católico deve ler de
joelhos, para bem o compreender e fielmente realizar. É a Carta Magna que fica alimentando a nossa inteligência e dirigindo a
nossa acção.
Nele o Supremo
Pastor não se detém sobre questões de ordem geral a respeito da Acção Católica,
já tratadas em vários documentos anteriores: antes se ocupa paternalmente de pontos
práticos de acção imediata, que mais particularmente nos interessam a nós
portugueses.
Agradeçamos
rendidamente ao Soberano Pontífice a Sua paternal solicitude; e dêmos graças a
Deus neste dia de júbilo por ter dado à sua Igreja o grande “Pontífice da Acção Católica”.
É com essa
devoção e nessa atitude de reconhecimento ao Senhor que vamos, com o leitor,
comentar pausadamente, em tom muito simples, essa Carta Magna, para melhor a assimilarmos e vivermos.
A edição da Carta Magna da Acção Católica Portuguesa data de 1939 e saiu em
Braga, à responsabilidade do Apostolado da Oração.
O nosso exemplar porém tem uma preciosa dedicatória
que o liga ao Brasil, a São Salvador da Baía:
Aos Teólogos da
Vice-Província do Norte.
Oferta do autor.
Colégio A.
Vieira, 5-I-947.
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