quinta-feira, 18 de abril de 2013

Um bandoleiro balasarense


Este blogue está ao serviço da Beata Alexandrina. Em consequência disso deve também estudar e divulgar a Santa Cruz. O que vamos escrever a seguir, como outras mensagens que já aqui colocámos e que falam do tempo de Custódio José da Costa, têm relação com os anos que se seguiram à aparição da Santa Cruz e ajudam a perceber o contexto da sua atribulada divulgação inicial.
Em Agosto de 1842, havia um desertor balasarense que degenerara em bandido, era o Luís Saramago. Os desertores como ele queriam evitar o serviço militar e quando chegava a hora de serem chamados fugiam para os montes, para terras distantes ou até embarcavam, se pudessem, para o Brasil. A tropa não tinha boa fama. Além disso, eram principalmente os muito pobres que eram convocados.
O Luís parece ter refinado no banditismo: pelo menos é o que se deduz desta mensagem que o administrador da Póvoa enviou ao seu colega de Vila do Conde em 29 de Agosto:
Tendo agora a notícia de que o desertor de Balasar Luís, por apelido o Saramago, que tanto trabalho tem dado, tendo esperado nas estradas deste concelho, achava-se ontem próximo, à noite, na Estalagem do Galego, do Casal de Pedro, e também me consta que frequenta a de Joaquim Pito e outras mais tabernas daquele lugar, rogava a V. Senhoria se dignasse mandar ordem imediatamente ao Regedor daquela freguesia a fim de ver se o captura, ao que V. Senhoria fará um serviço muito grande aos povos do seu Concelho.
Os sinais são os seguintes: altura regular, cor pálida, cabelos castanhos, barba cerrada com passa-perolhos (?).
Este Saramago era perigoso! Em breve deve ter sido apanhado.
A Estalagem do Galego, do Casal de Pedro, deve ser a que depois, em virtude duma novela de Camilo, ficou conhecida como Estalagem das Pulgas.

Sem comentários:

Enviar um comentário