Há 100 anos a pequena Alexandrina já
residia no Calvário e faria 9 anos no fim de Março.
Como seria o lugar nesse tempo?
A casa dela era muito mais
pequena, só com aquela divisão onde está a sala, mais um quarto para nascente e
o correspondente rés-do-chão, onde ficava a cozinha. Como saía de lá o fumo não
é fácil de perceber.
Aparentemente, a rua que corre em frente já tinha a largura de hoje, mas o seu piso era rude, com as esquinas
agudas do xisto a cortar que nem lâminas.
Os moradores do Calvário seriam lá para
metade dos de hoje, talvez mais, que as famílias eram grandes. Conhecem-se
alguns deles, como o tasqueiro e vizinho Lino Ferreira e o Manuel Joaquim de
Almeida, frente ao adro e ao “mosteiro”, a casinha das esmolas da Confraria do Senhor
da Cruz. Perto, havia um artista ferreiro, capaz de fazer trabalhos muito apreciados. Na Casa da Ponte devia residir gente abastada.
A igreja era novíssima, mas ainda não
teria a talha: seria um grande salão um pouco despido.
O pároco residia com certeza em casa da
família, no Lousadelo.
Para a Alexandrina era o seu tempo de
maria-rapaz sadia, de correrias e alegria. Trabalhava? Certamente. Muitas
vezes, fá-lo-ia ainda na Gresufes da sua tenra infância, em casa dos avós.
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