sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Acção Católica


J.A.C.

Disponibilizamos hoje outra notícia sobre a JAC em Balasar. Embora assinada por M, o seu autor é sem grande margem para dúvida o P.e Leopoldino. Saiu n’A Propaganda em 13 de Fevereiro de 1937.
De notar que o pregador é o Cónego Molho de Faria, que anos mais tarde tão desapiedadamente iria tratar a Beata Alexandrina, e também que o salão paroquial fica a uns 100 da casa da mesma Alexandrina.
O distintivo com que ilustrámos a última mensagem pode vir deste tempo.
Aproveitamos para apresentar a capa do livro do P.e Mariano Pinho Carta Magna da Acção Católica Portuguesa e um excelente jugo balasarense de 1898.

Merecem calorosas felicitações os grupos de jacistas da freguesia de Balasar, deste concelho, pelo luzimento e entusiasmo da sua inauguração oficial como organis­mo da Acção Católica. Esta festa marcou, pelo seu brilho, fervor e concorrência de fiéis da freguesia e doutras vizinhas, que ficaram sabendo o fim desta santa obra tão preconizada pelo actual Pontí­fice Pio XI.
Teve, a abrilhantá-la, o verbo eloquente e persuasivo do nosso conterrâneo, Sr. Dr. Molho de Fa­ria, ilustre professor de Teologia e Moral no Seminário Conciliar de Braga.
No sábado, 30, à noite, houve adoração ao SS.mo Sacramento, exaltado num lindo e artístico trono como nunca esteve naquela religiosa freguesia. O Sr. Dr. Molho fez um bom sermão sobre os deveres dos católicos na hora presente, incitando-os à frequência dos Sacramentos e a ingres­sar nas fileiras da Acção Católica.
No domingo, 31, à missa das 7 horas, fez o notável pregador, uma substancial prática sobre a Acção Católica, seu fim, organiza­ção e necessidade, sendo escuta­do com atenção e interesse pelo povo crente que enchia o vasto templo. Comungaram todos os jacistas, acompanhados de suas famílias, em número aproximado de 200 pessoas,
Às 11 horas, começou a mis­sa solene, cantando os jacistas à Missa dos Anjos, acompanhados a harmonium pelo Sr. Abade de Ra­tes. Às 14 horas, procedeu-se à inauguração do grande salão pa­roquial, onde, doravante se ensi­nará a doutrina cristã e se reali­zarão as reuniões das juventudes, a horas diversas. Quando o Sr. Dr. Molho de Faria, ilustre delegado das Comissões Diocesanas, entrou no vasto salão, lindamente ornamentado com motivos agrícolas, acompanhado pelo Rev. Abade de Balasar e de Rates, foi vivamen­te saudado pela numerosa assem­bleia, ansiosa de assistir à sessão recreativa e ao mesmo tempo da propaganda da Acção Católica.
Falaram, e muito bem, sobre objecto da Acção Católica, os dignos presidentes dos grupos, sendo muito aplaudidos. Seguiram-se diversos recitativos, diá­logos, canções, cenas e o cântico do hino jacista. Todos os intér­pretes, apesar de ser a primeira vez a aparecer em público e sim­ples trabalhadores do campo, houveram-se muito bem e podiam apresentar-se em qualquer vila, o que denotou grande esforço dos dirigentes.
Pouco depois das 15 horas, ve­rificou-se no templo, repleto de fiéis que seguiam com curiosida­de, as fases da festa jacista, a Comissão oficial no organismo da Acção Católica, de novos mem­bros, sendo 14 rapazes, 13 raparigas para a Juventude e 10 benja­minas. Foi impressionante o acto da imposição do distintivo, acom­panhado de uma quente alocução do Sr. Dr. Molho, bem como o compromisso tomado diante do SS.mo Sacramento exposto. Foi uma cerimónia que deveras como­veu a assembleia. Terminou o religioso acto com a recitação do terço e bênção eucarística.
Os dirigentes dos grupos jacis­tas foram vivamente felicitados pelo povo da freguesia e estranhos que ficaram conhecendo o objectivo da Acção Católica.
Daqui, também lhes endereça­mos quentes aplausos, desejando que prossigam eficazmente na sua obra tão recomendada pela Igreja, para benefício espiritual da sua freguesia e ressurgimento cristão do nosso velho Portugal, tão for­temente fustigado pelo comunismo.
M. 

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