Noutros tempos, os lintéis com inscrições deviam ser muito frequentes nos portais das casas de lavoura em geral e por isso também nas balasarenses; hoje ainda se conservam alguns.
O primeiro que aqui se vê é o do portal da casa onde a Beata Alexandrina nasceu. Tem a cruz ao centro!... O resto tanto pode ser português como latim, mas diz mais ou menos o mesmo. Este lintel, de que só se vê a parte da inscrição, como nos restantes, está hoje despromovido a banco de namoro.
De data próxima é o duma casa do Matinho, de 1752, o terceiro. Aquele a significa anos e é um arroba.
Estes dois lintéis devem ter tido origem na emigração do Brasil.
O terceiro lintel, de 1861, do lugar do Telo, deve ter origem diferente. Por essa altura, com o fim dos foros, as casas de lavoura tornaram-se mais rentáveis e isso levou os lavradores a ostentarem sinais de bem-estar económico. Essa deve ser a explicação para a origem dele.
Juntamos mais três outros lintéis, da nossa terra natal, para que fique claro que o fenómeno dos lintéis com inscrições era popular e que a presença da cruz e até do arroba era bastante comum.
No primeiro, de 1768, a cruz pousa sobre o monograma IHS (Iesus Hominum Salvator - Jesus Salvador dos Homens); no segundo, que é de 1726, a mesma cruz está ladeada por duas pombas e duas rosas (?); o terceiro tem a particularidade de ostentar um arroba muito bem desenhado.
No primeiro, de 1768, a cruz pousa sobre o monograma IHS (Iesus Hominum Salvator - Jesus Salvador dos Homens); no segundo, que é de 1726, a mesma cruz está ladeada por duas pombas e duas rosas (?); o terceiro tem a particularidade de ostentar um arroba muito bem desenhado.
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