domingo, 29 de setembro de 2013

Palestra na Liaba

Na Liaba falámos hoje sobre a Santa Cruz. Trata-se de um tema que nos tem merecido aturada investigação a ponto de o trabalho que sobre ela desenvolvemos se aproximar já das 70 páginas.
A recente descoberta dos livros do juiz de paz muito nos ajudou. De facto, o importante estudo do P.e Leopoldino, onde publicou os documentos fundamentais, ignora largamente o contexto em que decorreram os acontecimentos: não fala da perturbante situação política que se vivia, do cisma que estava a chegar, desconhece qualquer informação biográfica sobre párocos como os padres António José de Azevedo ou Domingos José de Abreu, não sabe quem era o administrador do concelho António José dos Santos nem o que se passava nas paróquias do arciprestado (que se iria criar talvez em 1835), etc., etc. Os tempos eram mesmo muito difíceis.
Em 1832 e até final de 1836, Balasar pertencia a Barcelos, mas no arquivo desse concelho não há nada de interesse para esses anos. Em 1836, creio que chegou por breve espaço de tempo a pertencer a Vila Nova de Famalicão, mas o arquivo respectivo... ardeu há muito. Desde 1837, passa a haver alguma coisa nas actas da câmara da Póvoa e há depois as mensagens do regedor. Desconhece-se o paradeiro das actas da junta, que o P.e Leopoldino ainda consultou.
É neste quase deserto informativo que avultam as "conciliações" do juiz de paz.
Não se deve contudo esquecer que houve o Tombo da Comenda de Balasar, de entre 1830 e 1833, as devassas de 1824 e 1831, que o P.e Franklim Neiva Soares publicou, e algo mais. Os assentos paroquiais quase nada acrescentam de válido.

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