Conhecemos uma vez uma senhora que gostava de repetir:
- Morra Marta, morra farta!
- Morra Marta, morra farta!
A frase envia para o episódio evangélico da ressurreição de Lázaro e mais em particular para as duas irmãs do ressuscitado, Maria e Marta.
Tradicionalmente, Maria, que se senta a ouvir Jesus, e Marta, que se atarefa com as lidas da casa, são vistas como imagens respectivamente da vida contemplativa e da vida activa. Acontece contudo que grandes místicos, como S. Paulo ou Santa Teresa de Ávila, não deixaram de ser pessoas muito activas.
Que se passou com a nossa mística Beata Alexandrina? Viveu ela fechada no seu quarto, alheada do que acontecia no mundo?
Bem sabemos que não. Quando morreu, em Balasar, dizia-se:
- Morreu a mãe dos pobres!
E pároco via nela a sua mais activa colaboradora.
Era Maria sem deixar de ser Marta.
Leiam-se por isso estas suas frases:
Leiam-se por isso estas suas frases:
O meu pobre coração,
apesar de ser tão mau,
sofre, sofre, morre por não poder desfazer-se
em pão, agasalhos, em conforto, alegria, consolação e bálsamo
para quantos sofrem.
S (16-1-48)
Eu queria ser bálsamo para todas as feridas,
consolação para todas as tristezas,
conforto para todos os desalentos,
alimento para toda a fome,
agasalho para todo o frio,
remédio para todo o mal.
Eu não sou ninguém, não sou nada, nada valho.
S (21-5-48)
Queria correr o mundo
e enxugar todas as lágrimas,
consolar todos os tristes,
vestir a todos os nus,
saciar todos os famintos.
Queria espalhar pela humanidade inteira,
para os corpos e para as almas,
a caridade de Cristo.
Ó santa caridade do meu Senhor,
como tu és bela,
quanto tu podes alegrar e consolar o meu Jesus!
S (12-11-48)
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