segunda-feira, 28 de julho de 2014

Certezas e conjecturas sobre Belsar, o construtor da Igreja original do Matinho


Quem estuda a Beata Alexandrina, mais tarde ou mais cedo, sente natural curiosidade sobre a história de Balasar.
Quanto ao Belsar (leia-se Belzarque construiu a igreja original do Matinho e deu o actual nome à freguesia podem-se considerar duas perguntas da maior importância: quando viveu? Quem era  ele?

Quando viveu?

Viveu antes de 1220 pois nessa altura a freguesia já era Santa Eulália de Belsar. Viveu depois de 1090 pois então ainda era de Lousadelo (da vila de Lousadelo, como a de Bagunte era da vila de Bagunte e a do Outeiro Maior era da vila do Outeiro).
A igreja e a freguesia hão-de ter deixado de ser de Lousadelo quando esta vila foi doada ao Mosteiro de Landim, ao tempo da infância de D. Afonso Henriques, talvez aí por 1115.

Quem era ele?

Belsar ou tinha ligação familiar aos antepassados dos Cavaleiros do Outeiro Maior ou aos antepassados dos Correias, então a família nobre dona de Gresufes. Não se vê que seja de considerar terceira possibilidade.
Dos antepassados dos Cavaleiros do Outeiro Maior conhecem-se muitos nomes, mas não consta que haja entre eles nenhum Belsar; dos antepassados dos Correias não se conhece nome nenhum anterior a cerca de 1150.
Estes Correias possuíam uma casa em Fiães e foi nela, com algumas probabilidades, que viveu Belsar. Um Correia por afinidade, cuja mulher residiu em Fiães, administrou o reguengo de Agistrim (este topónimo daria depois Gestrins) antes de 1220.

A que ajuda esta síntese?

Esta síntese ajuda a apertar o cerco a Belsar, a limitar o tempo e o espaço onde o podemos procurar.

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