A Beata Alexandrina nasceu em Gresufes e
daí a importância que queremos dar à identificação do local preciso em que
ficava a desaparecida Igreja Paroquial de Gresufe. Era questão que há muito,
sem grande expectativa, gostávamos de ver esclarecida.
Gresufe, ou Gresufo ou talvez
Gresulfo, era um homem, presume-se que do século X, muito abastado e devia ter
residência no actual lugar de Gresufes, de que era dono; mas era ainda dono de Vila
Pouca, de Além, de Vila Nova e Outeiro, talvez de parte de Agrelos, com certeza
de toda a Santa Marinha de Vicente e boa parte de Cavalões. E porque era assim
abastado pôde dotar com largueza a paróquia que criou.
Doou-lhe dois casais em Além e um em
Vila Pouca. Por casais, neste caso, entende-se amplas casas de lavoura. Mas a
sua generosidade ainda foi mais longe: doou-lhe a Quinta de Cruges, em Santa
Marinha de Vicente (hoje, Gondifelos).
Um dos casais que ficava em Além chamou-se
Casal de Gresufe, sem dúvida por ser do tal Gresufo, e foi nele que fez construir
a pequena igreja. Ela devia ser mesmo muito pequena: bastaria que lá coubessem,
certamente de pé, umas 30 a 40 pessoas. Talvez tivesse dimensões não muito
diferentes das da Capela da Senhora das Neves ou da Igreja de Santa Marinha de Ferreiró (a antiga, não a da
Santíssima Trindade).
Nas Inquirições de D.
Dinis a Gresufo chama-se “Grissoffy”: “freeguisia de Sam Salvador de Grissoffy”. Mas devia-se ler
Grisofe. Muito antes, no Censual do Bispo D. Pedro, escreveu-se “Gresulfi”.
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