domingo, 16 de fevereiro de 2014

Quem foi Gresufe?


A Beata Alexandrina nasceu em Gresufes e daí a importância que queremos dar à identificação do local preciso em que ficava a desaparecida Igreja Paroquial de Gresufe. Era questão que há muito, sem grande expectativa, gostávamos de ver esclarecida.
Gresufe, ou Gresufo ou talvez Gresulfo, era um homem, presume-se que do século X, muito abastado e devia ter residência no actual lugar de Gresufes, de que era dono; mas era ainda dono de Vila Pouca, de Além, de Vila Nova e Outeiro, talvez de parte de Agrelos, com certeza de toda a Santa Marinha de Vicente e boa parte de Cavalões. E porque era assim abastado pôde dotar com largueza a paróquia que criou.
Doou-lhe dois casais em Além e um em Vila Pouca. Por casais, neste caso, entende-se amplas casas de lavoura. Mas a sua generosidade ainda foi mais longe: doou-lhe a Quinta de Cruges, em Santa Marinha de Vicente (hoje, Gondifelos).
Um dos casais que ficava em Além chamou-se Casal de Gresufe, sem dúvida por ser do tal Gresufo, e foi nele que fez construir a pequena igreja. Ela devia ser mesmo muito pequena: bastaria que lá coubessem, certamente de pé, umas 30 a 40 pessoas. Talvez tivesse dimensões não muito diferentes das da Capela da Senhora das Neves ou da Igreja de Santa Marinha de Ferreiró (a antiga, não a da Santíssima Trindade).
Nas Inquirições de D. Dinis a Gresufo chama-se “Grissoffy”: “freeguisia de Sam Salvador de Grissoffy”. Mas devia-se ler Grisofe. Muito antes, no Censual do Bispo D. Pedro, escreveu-se “Gresulfi”.

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