A Igreja Paroquial de São Salvador de Gresufe
(no Tombo da Comenda de 1830 continuava a escrever-se assim) ocorre no Tombo de
1542 ao fazer-se a delimitação de três propriedades. Estas ficavam no lugar de
Além, mas pertenciam a um “casal de Gresufe”, certamente uma casa de lavoura
que era de alguém do lugar de Gresufe ao tempo em que mandou edificar a igreja.
Escreveu-se no tombo:
Pegado com São Salvador, um campo todo
tapado e valado sobre si: parte da parte do mar com a igreja e cortelho da mesma igreja
e do norte com caminho e da terra com Campo da Eira e do vendaval com Landim;
tem de comprido setenta e oito varas e de largo setenta varas; levará de
semeadura dez alqueires.
Pegado com a mesma igreja, um cortelho tapado e valado sobre si; tem de comprido
sessenta e sete varas e de largo vinte e sete varas; leva de semeadura três
alqueires e meio; e parte da terra com Searas e do norte com caminho e do mar
com ribeiro de Oucela e do vendaval com o valo do moinho e terra de Landim.
O Cortelho que se chama da Searinha,
todo tapado e valado sobre si; tem de comprido noventa e cinco varas e de largo
trinta e cinco varas; leva de semeadura dois alqueires e meio; parte do
vendaval com caminho da igreja e do
mar com ribeiro da Oucela e da terra com a Vinha da Seara e do norte com Vinha
do Abade.
Por São Salvador entende-se Igreja de
São Salvador de Gresufe; os pontos cardeais são identificados respectivamente como
norte, vendaval (sul), terra (nascente) e mar (poente). O caminho que fica a
norte do primeiro campo e do cortelho da igreja e a sul do cortelho da Searinha
corresponde à actual rua que vai de Vila Pouca para Além. O ribeiro de Oucela é
o ribeiro que vem de Gresufes para o rio Este. A palavra Landim refere-se a
terras foreiras ao Mosteiro de Landim.
Para o balasarense de hoje, é a
delimitação do Cortelho da Searinha que mais claramente garante esta localização
da antiga Igreja de São Salvador de Gresufe: ele ficava a nascente do ribeiro,
a norte do caminho da igreja e a sul da Vinha do Abade. Ora este último nome continua
ainda hoje em uso. O cortelho de que aqui se fala hoje não é cortelho pois
uniu-se à Vinha da Seara fazendo assim um largo campo.Outra "Balazar"
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