Na reunião da Liaba de hoje, começámos
pelas notícias. A algumas que já se encontram neste blogue, acrescentámos que a
Bernadette Bevans, a criadora do DVD sobre Beata Alexandrina (que pode já ter
sido visto por muitos milhões de famílias), está a recuperar do mal que recentemente
a afectou.
A seguir, após o momento de oração, em que
se recorreu ao Sanctus, foi explicada
a origem e o sentido deste breve cântico, explicação que se pretendia que conduzisse
ao Hino aos Sacrários. Este foi explicado
e confrontado com o Cântico do Irmão Sol de S. Francisco de Assis e com o bíblico
Benedicite. Nas três orações há a convocação
de toda a criação para o louvor a Deus. Leram-se ainda os poemas O Tudo desceu ao nada e Só por Amor!
Sobre o Hino aos Sacrários, foi comentada esta breve análise literária:
Sobre o Hino aos Sacrários, foi comentada esta breve análise literária:
Considerando os hábitos dos poetas contemporâneos, este hino é um poema longo; desenvolve-se em
prosa, sem recurso ao verso ou à metáfora.
Um dos aspectos que
opõe a poesia à prosa é a aceitação da repetição: isto é, a poesia acolhe a
repetição (idêntico número de sílabas no verso, consequente semelhança do ritmo
deles e rima são processos de repetição) num grau que a prosa recusa.
Mas, como o Hino aos Sacrários não tem verso, que é se
repete?
Ele apresenta
processos de repetição bem evidentes: a anáfora, a enumeração, o paralelismo e
uma espécie de epístrofe, que pode ser considerada refrão.
O poema compõe-se
de duas partes, a do “eu quero” e a de “eu Vos ofereço”: as palavras da anáfora
mudam a meio, afastando a sensação de monotonia.
No final há uma
recolecção, uma síntese de “tudo”, da oferta que fora feita antes.
A enumeração
acumulativa confere-lhe um aspecto de radicalidade, que também está no Benedicite: todo o universo é convocado para o louvor aos
Sacrários. A epístrofe acentua-lhe o carácter poético.
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