terça-feira, 21 de agosto de 2012

Poesia da Beata Alexandrina (5)


Ó Rei do Céu e da terra

Ó Rei do céu e da terra,
Queria estar dia e noite na vossa presença,
Unida a Vós toda a hora:
Sim, ficar ali, não Vos deixar só no Sacramento,
Não me ausentar nem um instante.
Queria dar-Vos o que possuo,
Tudo aquilo que me pertence: o meu coração, o meu corpo com todos os seus sentidos.
Seria a minha satisfação plena.

Mãezinha celeste,
tenho tanta confiança em vós que não sei explicar-Vos;
como não sei dizer-Vos o amor que tenho por vós.
Sim, é muito, mas eu queria que fosse muito mais.
Só Vós podeis obter-me a graça do amor pelo vosso e meu caro Jesus: aumentai-mo.
Aquecei-me nas chamas do amor puro: sim, sim, boa Mãezinha!

Minha alma aflita, confia! Confia porque és afortunada: habita em ti Jesus.
Não o sentes? Que importa? Vem comigo ao seu encontro:
É na solidão, neste silêncio assim profundo, que repousa o amantíssimo Jesus… Que se consola e deleita.

Meu coração, escuta!
Vai ao encontro da tua Mãe celeste.
Vai a banhar-te naquele amor puro,
Vai perfumar-te com o aroma das mais perfeitas virtudes,
Vai enriquecer-te, enriquecer-te com os tesouros da tua Mãe bendita
Para te tornares puro, habitação digna de Jesus, Rei da criação.
Prepara-lhe em ti um presépio,
Não duro e frio como o de Belém,
Mas suave e quente, mais belo que o palácio mais belo:
Quente de um amor puro e santo.

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