A descoberta do Testamento de Custódio José da Costa é uma boa notícia para os amigos da Beata Alexandrina, dada a relação que a Santa Cruz tem com ela. Ignorava-se mesmo a data da sua morte, por não existirem os assentos de óbito do tempo. Agora sabe-se que faleceu no Lousadelo, em 11 de Agosto de 1850.
Fizera o testamento em Janeiro de 1848. Nele se mostra o mesmo homem abastado e piedoso de que já dera provas. Vejam-se as linhas iniciais:
Jesus, Maria, José.
Em nome da Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, em Quem creio e em tudo o mais que ensina a Santa Madre Igreja de Roma, em cuja fé protesto viver e morrer, determino eu, Custódio José da Costa, do lugar de Lousadelo desta freguesia de Santa Eulália de Balasar, fazer meu testamento, última e derradeira vontade, na forma seguinte:
Primeiramente, encomendo minha alma a Deus, Nosso Senhor, e Lhe peço que de mim Se compadeça pelos infinitos merecimentos de seu Unigénito Filho e rogo a Maria Santíssima e seu esposo S. José, ao Anjo da minha guarda e a todos os Santos da Celestial Jerusalém que queiram ser meus advogados e medianeiros no Supremo Tribunal a fim de que me sejam perdoados todos os meus pecados e a pena que por eles me é devida.
Embora isso não venha no Testamento, ele deve ter sido marinheiro, piloto mesmo. Uma vez falou assim aos seus críticos:
[…] e vós dizeis que o fundador das obras (ele, Custódio) é pateta. Mas sabe levar bom navio ao Brasil e torná-lo a trazer. Isso para vós é latim.
Custódio José da Costa é o mais antigo balasarense de que se possui um retrato.
Retrato de Custódio José da Costa.
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