sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A doente de Balasar


Em 1953, o nome da Beata Alexandrina surgiu na imprensa com uma insistência nunca antes vista. Então também o Pe. Leopoldino, até aí, e mesmo depois, tão reservado, abriu por uma vez o jogo e falou dela sem entraves no Ala-Arriba de 18 de Julho.

Já uma vez nos referimos aqui àquela doente que vai para trinta anos se vê presa ao leito devido à paralisia de que é portadora e que há uns doze não pode alimentar-se porque o seu organismo não aceita qualquer alimento.
Fizemos essa afirmação baseados em informações de médicos, e entre eles o que é seu médico assistente há mais de uma dezena de anos.
Caso extraordinário, é motivo de dúvida para uns e descrença para outros, mas em muitos provoca já a convicção de que só pode verificar-se por intervenção divina.
Há mais de dez anos sumidades médicas do Porto quiseram tirar a prova e, desconfiados de que se tratasse de embuste, exigiram o internamento em casa apropriada on­de pudessem exercer fiscalização aturada e eficaz.
Foram quarenta dias de exame e tortura para a paciente, que re­signadamente suportou no Porto quanto quiseram exigir-lhe a fim de poderem desfazer o logro que su­punham encontrar.
E a ciência não descobriu o se­gredo do alimento que sustenta aquele corpo franzino e atrofiado e aquela alma generosa e boa, gran­de e pura, que Deus conserva na terra até à hora senta em que a sua Divina Vontade lhe conceda o merecido lugar junto de Si.
Esse alimento das almas não é, nunca foi dispensado pela paciente Alexandrina Maria, e é-lhe levado diligente e diariamente pelo velho abade da sua freguesia, a ridente, airosa e ampla Balasar.
É tal informação que nós não demos aos nossos leitores quando pela primeira vez nos referimos a este caso.
Fazemo-lo hoje, convictos de que nem a Igreja nem os seus ministros nos censurarão por isso, porque a doente segue e defende a verdade, a eterna doutrina que Je­sus Cristo instituiu na terra.

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