sábado, 28 de junho de 2014

Ai, como eu vejo o mundo correr no caminho da perdição!

Ai, como eu vejo o mundo correr no caminho da perdição! Oh, que dor tão tremenda, dor que é impossível explicar! Ser mãe, mãe que ama sem haver igual amor, e ver a humanidade fugir-me; morrem todos os meus filhinhos. Morrem nos vícios, nos prazeres, nas loucuras do pecado. Eles loucos pelo gozo, e eu, louca de amor por eles, para os salvar!
A luz que possuo penetra tudo e em todos. A luz não é minha nem é para mim, mas com ela vejo a maior das desordens e misérias. Esta luz vê tudo o que vai na terra e sinto que ela mesma se quer revoltar contra a mesma terra. Os seus raios não podem enfrentar o lodo e lama nojenta que ela contém.
A torre (veja aquique em mim se levantou vai subindo, subindo, caminha para o céu. Sinto que vai tão alta, mas os seus olhares não atingem o seu fim. Ela vai subindo e, como remate, com ela sobe a luz; e lá das alturas vê o mundo, ilumina o mundo, sobre ele espalha os seus raios, raios que tentam subir a si por não poderem pensar no mundo.
Queria dizer tanto a respeito desta luz, queria fazer-me compreender e não sei.
E agora, pobre de mim, sinto-me em abandono total e completo; não tenho ninguém por mim nem na terra nem no céu. É o que sinto, mas confio que não é a realidade.

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