Há tempos, uma colega nossa natural de Balasar dizia-nos que as pessoas, mesmo aquelas que à partida sentiam mais empatia com a Beata, não entendiam os escritos. E não parece de admirar falando eles da alma-vítima, do sentido da Cruz, da Eucaristia, etc. No excerto seguinte, é a própria Alexandrina que, não entendendo como há-de cumprir um convite de Jesus, Lhe pede esclarecimento. Este esclarecimento é importante para qualquer leitor da sua obra.
- Diz, minha amada, ao mundo que se converta; diz ao mundo que se reconcilie comigo.
- Como, meu Jesus? Bem sabeis que quero viver escondida e bem sabeis que agora nada posso dizer.
- Sossega, meu encanto. Consola-Me a tua obediência aos cegos que não querem ver aquilo que Eu quero que eles vejam, que não querem ver aquilo que é meu.
Escreve tudo e tudo entrega a quem cuida de ti e da minha causa divina. Isso basta, eles tudo resolvem.
De facto, repetidos apelos de Jesus parecem muito mais dirigidos à nossa geração que à da Alexandrina, bem mais praticante que a actual.
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