quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Eleitores de Gresufes em 1886 e 1889

Ao estudar os cadernos de eleitores balasarenses para a Junta de Paróquia dos anos de 1886 e 1889, de quando Maria Ana, a mãe da Alexandrina, tinha cerca de dez anos, recolhemos as informações que colocámos nas duas tabelas abaixo.
Na primeira ocorrem o seu pai e o seu avô, na segunda só o seu pai: assinalámos os nomes a itálico. Do avô, vê-se que era homem bastante abastado, do pai nem tanto, mas certamente, em 1889, ainda esperava herdar parte dos haveres paternos. Eram os dois analfabetos.

Do nome que inicia a primeira tabela, António da Costa Reis (repare-se no seu rendimento), sabe-se que era da Casa da Torre, vizinha da dos Vicentes. Foi dessa casa o Pe. José António da Costa Reis, falecido em 1891 e de lá também haveria de ser o Carlos da Costa Reis, de triste memória.
António da Costa Reis era padrinho e possivelmente tio por afinidade do pai da Alexandrina.
Ocorrem dois Farias, o Manuel e o José, que devem ser pai e filho e antepassados dos dois homens do mesmo apelido que participaram no assalto à casa da Alexandrina no Sábado Santo de 1918.
Manuel da Costa Boucinha é o célebre político balasarense.
Na segunda tabela não ocorre pai da Maria Ana, o que, só por si, não indica que tivesse falecido.
Manuel António Machado era outro vizinho da Casa dos Vicentes e foi também pai dum sacerdote, Joaquim da Costa Machado.
O Joaquim Boucinha que abre a lista era irmão do Manuel da Costa Boucinha.

A habilitação literária primária corresponderia a alguma capacidade de leitura e a assinar o nome; não significaria que tivesse havido frequência de escola.

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