Agora que possuímos
o documento completo das inquirições de D. Dinis (1288-1291) sobre Balasar, vamos
de corrigir o que aqui tínhamos escrito sob o título acima. Dizem elas:
Freeguisia de Sam Ovaya de Belssar a cassa de Loussadela que foy de Sueiro Correa feze-a em huum casal de Nandim que gaanhou per emprazamento e per razon dela fazem honrra de toda a vila de Loussadela que non entra hi o mordomo.
Soeiro Correia –
aliás, Soeiro Peres Correia – era irmão de Paio Peres Correia, o famoso Mestre
de Santiago que Camões evoca n’Os Lusíadas (página 273; veja ao fundo o texto correspondente) e Lope de Vega em El Sol Parado, e filho de Pêro Pais Correia que honrou a vila do Casal. Se ele
fez a Casa de Lousadelo, não foi desta casa que se originou a Paróquia de Santa
Eulália de Lousadelo, que já então existia.
Se a vila de
Lousadelo fora doada a Landim (Nandim),
quem a doou? Os Correias de Fralães ou os Cavaleiros do Outeiro Maior? Ou outra
família? Uma vez que Soeiro Correia emprazou lá terras, isso pode sugerir que tivesse sido a sua família.
Como Paio Peres
Correia faleceu em 1275, o seu irmão Soeiro terá falecido em data próxima, pelo
que havia dele memória no Lousadelo, pouco mais que dez anos à frente.
E Belsar (leia-se Belzar)? Deve ter construído a Igreja do Matinho um século antes, porventura quando a vila de Lusadelo foi doada a Landim, e
aqui nada se avança sobre a sua pessoa.
A vila de Lousadelo
junta-se assim a Vila Pouca, a Vila Nova, ao Casal e ainda a uma outra vila que terá existido entre as terras da Quinta que foi de D. Benta e o rio.
Foi entretanto ordenado que ficasse honrada apenas a Casa de Lousadelo, mas não a totalidade da vila: nela devia entrar o mordomo do Rei.
Foi entretanto ordenado que ficasse honrada apenas a Casa de Lousadelo, mas não a totalidade da vila: nela devia entrar o mordomo do Rei.
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