sexta-feira, 9 de julho de 2010

“Humilde candeia acesa”

Uma noite, ia da cozinha para a sala com a candeia acesa e ela apagou-se. Tratei de a acender, voltando à cozinha, mas ela apagou-se por várias vezes, tendo de andar abaixo e acima. Não me recordo que fosse vento que a pudesse apagar. Da última vez em que tentei acendê-la, caí, entornei o petróleo, que me saltou para a boca. Julgando que era o mafarrico, disse:
«Podes ir embora, que hoje não arranjas nada».
Autobiografia


Não se pode garantir que a candeia de que fala o texto fosse como esta, mas é provável. Também se lhe chamava, simplesmente, luz.

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