A
Igreja de Balasar, a de Amorim e a da Misericórdia
A Igreja de Balasar, a de Amorim e a da
Misericórdia são contemporâneas. A de Amorim começou a ser construída em 1908
mas só foi benzida em 1920; a construção da da Misericórdia começou talvez no
mesmo ano e foi benzida em 1914.
Globalmente, a de Balasar é a que mais
fiel se mantém à tradição arquitectónica e decorativa; os arquitectos da de
Amorim e da da Misericórdia claramente pretenderam trilhar caminhos novos. Na
da Misericórdia destacam-se a fachada aparatosa e um interior rico e belo, mas
sem exageros; à de Amorim apetece chamar igreja de brasileiro, pelo seu
carácter vistoso e por certa riqueza de decoração, mais no exterior; o interior
não é particularmente feliz.
Interior da Igreja Nova de Amorim.
Na de Balasar todavia há dois aspectos
que a tornam notável, a sua dimensão e a sua talha. A sua dimensão fez dela
caso único na região durante muito tempo e foi certamente isso que levou a que,
em tempo do Pe. Leopoldino, lá tivessem decorrido sucessivos e grandes
encontros de fiéis de várias paróquias vizinhas; a talha, em especial a do
retábulo do altar-mor, sem romper com a linha tradicional, era belíssima.
Cândido dos Santos, falando da igreja
nova, classificou-a de “sumptuoso templo”; o Pe. Leopoldino chamou-lhe “ampla e
majestosa” igreja. Estas avaliações devem reflectir a sensação que então a
igreja dava às pessoas de Balasar e às de fora.
Porta principal da Igreja Nova de Amorim.
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