Numa das pequenas parcelas de terreno
anexas à Casa da Beata Alexandrina, foi inaugurado em fins de 2017 um original
percurso para meditação sobre a mensagem da sua vida e obra. Coisa notável!
Inicia-se
com uma espécie de padrão – uma coluna quadrada, em cujo cimo, em cada face,
está o retrato da Beata. No solo, lê-se o lema “Amar, sofrer, reparar”. O
segundo passo é constituído por uma estátua de Nossa Senhora em pedra, a Mãezinha,
que sempre a amparou no sofrimento. Vem depois uma estela com a cópia dum ícone
representando Jesus, o Mestre da escola onde a Alexandrina aprendeu.
Padrão que inicia o percurso
de meditação sobre a vida e obra da Beata Alexandrina. Em último plano,
assinalam-se outros passos desse percurso e painéis com frases alusivas.
Começa agora
a caminhada da Paixão com a sugestão do Jardim das Oliveiras. Entretanto, nas
paredes de vedação do terreno lêem-se muitas frases da Beata. O próximo momento
é um banco corrido em pedra formando quadrado e em cujo centro há uma mesa
também de pedra: sugere o Cenáculo e uma pausa para reflexão ajudada pelas
transcrições que se lêem na parede vizinha. Há depois um tanque para onde jorra
uma bica de água; um painel esclarece o seu sentido com a frase do Evangelho
“Tenho sede”. Vê-se seguidamente a coluna que representa o Pretório e a
Flagelação. Mais à frente ergue-se uma Cruz sobre um bloco de pedra (quartzo) arredondado
que aparenta representar o globo terrestre. A caminhada conclui com uma alta
escada branca que simboliza a Ressurreição. Tudo sempre acompanhado com as
citações da Alexandrina.
Domina este
percurso a ideia mais acertada de entrelaçar, de forma visual, os passos da
Paixão de Cristo com as vivências da Alexandrina. O fundamental da sua vida e
obra aponta para aí e não faz sentido que a atenção das pessoas seja orientada
para factos mais ou menos acessórios, secundários.
No site oficial da Beata Alexandrina,
que está a ser reformulado, não vimos referência a este percurso de meditação.